Narrador fala que a camisa da seleção é de todos os brasileiros; ex-jogador diz que a eventual vitória da seleção brasileira poderia ser utilizada como propaganda para ‘golpe’ de Bolsonaro.
Publicado pelo Portal Vermelho
Em menos de duas semanas o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomará posse para o seu terceiro mandato, colocando fim ao terrível governo de Jair Bolsonaro (PL).
Maior do que o próprio ex-capitão – que já nem aparece mais –, o bolsonarismo ainda tenta persistir nas ruas com atos golpistas, principalmente em frente aos quartéis.
Aos que ainda não retomaram consciência da realidade, o narrador esportivo Galvão Bueno e o ex-jogador Walter Casagrande Júnior utilizaram o espaço que possuem para abrir os olhos de muitos.
Na sua bonita despedida em narrações de Copa pela TV Globo, Galvão encerrou a sua fala, após a final entre Argentina e França, com o seguinte recado: “essa camisa aqui, da seleção brasileira, é de todos nós. Somos um só país. Somos todos brasileiros”.
Essa alfinetada foi diretamente para os bolsonaristas que, nos últimos anos, tentaram se apropriar das cores nacionais e da camisa da seleção brasileira.
De forma mais direta, Casagrande observou que a eventual vitória da seleção brasileira poderia servir de estímulo ao golpe, como querem os que estão acampados próximos aos quarteis.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o ex-jogador colocou que Bolsonaro poderia se utilizar do título mundial como incentivo ao golpe de Estado. A estratégia de uso político do futebol como propaganda seria similar ao que fez Emílio Garrastazu Médici (1905-1985), na ditadura militar, na ocasião do tricampeonato vencido pela seleção, em 1970.
A porta de entrada para isto estaria na figura do principal jogador da equipe, Neymar. O jogador do PSG, que é bolsonarista declarado assim como outros atletas, se vencesse o título, seria utilizado como propaganda para incentivar novos atos contra a democracia.
Como nem a seleção e nem Bolsonaro venceram, fica o aviso: agora a próxima Copa só acontecerá em 2026, no México, Estados Unidos e Canadá, e o presidente será Lula (PT), que assume no dia 1º de janeiro para um mandato de quatro anos.
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