O roubo dos objetos aconteceu com uso de violência
O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu denúncia contra Cléber Araújo do Nascimento, Darlan Junio Alves Silva Brito e Wagner Rodrigues das Neves pelo roubo de um celular (Iphone 11) e um pedestal de filmagem, pertencentes ao vereador de Iporá Moisés Victor da Silva Magalhães. A subtração dos objetos, segundo o MP, aconteceu mediante atos de violência e grave ameaça, como relatou a vítima à polícia, o que foi comprovado por meio de exame de corpo de delito.
De acordo com a denúncia, o crime, tipificado no artigo 157 do Código Penal (subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa), artigo 2º, inciso II (a pena aumenta-se de 1/3 até metade se há o concurso de duas ou mais pessoas) foi praticado no dia 2 de julho de 2021, nas proximidades da garagem municipal daquele município.
O vereador Moisés, após receber uma informação de que ocorria uma festa na garagem da prefeitura, em desacordo com as regras de prevenção à Covid-19, foi até o local acompanhado de sua mulher, Laura Beatriz Magalhães, e, utilizando uma câmera e um pedestal, começou a filmar a confraternização por cima do muro. Neste momento, o servidor comissionado Darlan Junio e o policial militar Wagner Rodrigues chegaram em uma caminhonete, acompanhados de um terceiro não identificado. Darlan então puxou a vítima e exigiu que ela entregasse a câmera e o celular. Como Moisés não localizou a câmera, Darlan passou a agredi-lo tirando dele o aparelho que estava no bolso de sua calça. O denunciado também roubou o pedestal de filmagem do vereador. Em meio às agressões, que ganharam o reforço dos outros dois ocupantes da caminhonete, até mesmo tiros foram disparados.
Ao ver a movimentação, Cleber Araújo, que estava participando da confraternização, pulou o muro da garagem municipal e também deu chutes e socos contra o vereador, que agravaram as lesões corporais. Além disso, os denunciados afirmavam que a esposa de Moisés Victor ficaria viúva. As agressões só cessaram quando os denunciados ouviram a sirene de uma viatura policial. Antes de fugir, no entanto, o trio exigiu que o casal não postasse nada do ocorrido na internet, tampouco relatassem os fatos à polícia, o que não foi obedecido tendo o vereador comparecido à delegacia e registrado a ocorrência.
Diante dos fatos, os promotores de Justiça de Iporá João Luiz de Morais Vieira e Luís Gustavo Soares Alves ofereceram a denúncia contra Cleber, Darlan e Wagner pelo crime do artigo 157, parágrafo 2ª, inciso II, do Código Penal. Eles pedem as folhas criminais dos denunciados atualizadas e que seja designada audiência de instrução e julgamento para ouvir as testemunhas e acusados do caso. Por fim, os promotores requerem que seja fixada uma indenização pelos prejuízos decorrentes do delito praticado pelos três denunciados.
(Texto: Mariani Ribeiro/ Assessoria de Comunicação Social do MPGO)
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