Decisão mantém réu preso
Denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), Rafael da Silva de Andrade foi condenado a 30 anos de reclusão e ao pagamento de indenização de R$ 250 mil à família de Aíla Pinto Cardoso, que foi vítima de feminicídio em Anápolis. O homem também teve sua prisão mantida, não podendo recorrer em liberdade.
No julgamento pelo Tribunal do Júri de Anápolis, ocorrido ontem (23/11), atuou na acusação o promotor de Justiça Eliseu da Silva Belo, na companhia do advogado Alex Batista, que foi assistente de acusação. Para o membro do MP, a sentença proferida pelo juiz Fernando Augusto Chacha de Rezende, foi exemplar, em especial na dosimetria da pena (confira aqui a sentença).
“O juiz demonstrou não apenas coragem e firmeza, mas, especialmente, grande senso de justiça e de proporcionalidade, diante da elevada gravidade do feminicídio cometido contra uma jovem professora, de apenas 34 anos, golpeada 25 vezes com uma faca”, avalia o promotor.
Ele acrescenta ainda que o réu agiu com requintes de crueldade, brutalidade e intensa covardia, já tendo sido ele, inclusive, condenado por feminicídio semelhante, em Brasília, no ano de 2011, em que matou a ex-esposa. Essa mulher, segundo informa Eliseu Belo, deixou órfãos os dois filhos que tinha com ele.
“O Ministério Público espera que essa sentença seja exemplo aos demais magistrados que se depararem com crimes dessa natureza, como forma de combater o grande número de feminicídios em nosso País, os quais atualmente chegam à triste marca de cerca de quatro mulheres mortas por dia por seus companheiros”, finaliza.
Na denúncia, oferecida pela promotora de Justiça Mayza Morgana Chaves Torres, é narrado que Rafael matou Aila com 25 facadas, o que ocorreu no dia 16 de julho de 2019, por volta das 13 horas, na residência do réu, na Vila Jaiara, em Anápolis.
Pelo que foi apurado, ele e a vítima se conheceram em uma rede social em abril daquele ano. De maio a junho, assumiram uma relação afetivo, ainda que o relacionamento fosse a distância, já que Aíla morava na cidade de Sobral, no Ceará, enquanto ele residia em Anápolis. No começo de julho, a vítima foi para Anápolis morar com o réu.
O relacionamento durou cerca de dez dias, tendo Aíla demonstrado que queria voltar para a casa de seus familiares. Ela, inclusive, comprou passagem para o dia 17 de julho.
Um dia antes, Rafael levou a mulher para almoçar na casa de seu irmão, retornando para casa em que o casal morava. Lá, ele esfaqueou a vítima por 25 vezes, causando-lhe a morte.
Após matar Aíla, ele fugiu e ligou para o irmão, confessando o crime. Além disso, postou em uma rede social ter sido o autor do crime contra sua companheira. A Justiça acabou decretando sua prisão temporária, que foi cumprida no dia 15 de agosto, em Águas Lindas de Goiás. Atualmente, ele encontra-se preso e teve a prisão mantida na sentença.
(Texto: Cristiani Honório/Assessoria de Comunicação Social do MPGO)
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