Questionários aplicados em todo o país indicam que o grau de confiança da população na Justiça Eleitoral também é alto
A Associação Nacional de Defensoras e Defensores Públicos (Anadep) foi uma das 17 instituições nacionais que enviaram Missões de Observação Eleitoral (MOEs) para acompanhar as Eleições Gerais de 2022. A entidade apresentou dois relatórios: um preliminar, relativo aos trabalhos do primeiro turno de votação, e outro com observações sobre a segunda etapa do pleito. Nos documentos, informou que entrevistas realizadas com eleitores em todo o país indicam alto grau de confiança da população na Justiça Eleitoral. Como conclusão, a instituição afirmou: “Em uma democracia, aceitar o resultado da eleição eleva o valor da soberania popular”.
A MOE da Anadep foi chefiada pela presidente da entidade, Rivana Barreto Ricarte de Oliveira, e composta, no segundo turno, por 57 pessoas que atuaram em 35 localidades e em 370 seções eleitorais de 19 estados. Os objetivos da Missão foram coletar impressões sobre o aperfeiçoamento do processo eleitoral brasileiro, auxiliar na propagação de transparência e integridade do sistema e ainda fortalecer a confiança pública nas Eleições 2022 no Brasil.
Entrevistas
A MOE da Anadep aplicou 388 questionários durante o trabalho nos dois turnos de votação do pleito desde ano. Foram 281 eleitoras e eleitores entrevistados, 85 mesárias e mesários e 22 integrantes das forças de segurança pública que atuaram nas eleições. O objetivo da pesquisa foi obter informações sobre a confiança da população no sistema eleitoral, os veículos por meio dos quais as pessoas se informam a respeito do pleito e identificar possíveis situações de violências sofridas ou presenciadas nos dias de votação.
Em relação ao grau de confiabilidade no sistema eleitoral, os observadores da Anadep registraram que a ampla maioria, 165 pessoas, atribuiu grau máximo, ou seja, 10 pontos. Também foi verificado que a maior parte dos entrevistados apontou a internet e a televisão como as maiores fontes de informação sobre as eleições.
MOE
Os representantes da Missão se reuniram com outras entidades observadoras antes do pleito e com autoridades da Justiça Eleitoral em 15 estados, em alguns dos quais foram acompanhados os processos de lacração das urnas e de verificação dos sistemas de transmissão, além dos testes de integridade da urna eletrônica nos dias 2 e 30 de outubro. Em nenhum procedimento foi registrada qualquer intercorrência.
No segundo turno, a MOE da Anadep verificou que o tempo de espera nas filas de votação foi drasticamente reduzido em comparação com o dia 2 de outubro. Segundo os observadores notaram, isso leva a crer que o atraso percebido no primeiro turno não foi fortemente influenciado por razões de cunho tecnológico, mas principalmente pela complexidade da votação, que demandava a digitação dos números dos cinco cargos em disputa. A Missão também constatou que houve dificuldades na leitura da impressão digital de alguns eleitores em algumas seções eleitorais, acarretando algum atraso na votação, embora todos tenham exercido o direito de voto.
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