Por Manuela D’Ávila*
Para garantir a vitória nas urnas, os políticos precisam cada vez mais de cifras enormes, ficando dependentes dos financiadores da campanha. Conforme Dowbor, um assento de deputado federal custa aproximadamente R$ 2,5 milhões. Esses valores são bancados por empresas que têm interesses e cobrarão a fatura do candidato eleito, que já age muitas vezes pensando em garantir a reeleição.
Segundo Mancuso e Speck, baseados em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os recursos empresariais são a principal fonte de financiamento das campanhas no Brasil, tendo representado 74,4% de todo dinheiro aplicado nas eleições em 2010 (mais de R$ 2 bilhões).
A representação política não deve se nortear pelo poder econômico. É razoável manter um sistema que cada vez mais é regido pelo dinheiro, em que cerca de 400 executivos de empresas privadas escolhem os eleitos e assim influenciam decisivamente os rumos do País? Ou é melhor garantir que todos os brasileiros financiem a política para que ela volte a ser o terreno de ideias, de projetos e de programas em favor da sociedade?
Certamente, é preciso mudar a realidade, ficando com a segunda opção. Nesse sentido, interesses privados não devem se sobrepor sobre as prioridades dos cidadãos. É preciso superar o sistema político injusto, caro e cada vez mais dominado pelo poder econômico que prevalece no País.
*Deputada federal pelo PCdoB do Rio Grande do Sul e líder da bancada na Câmara
Portal Vermelho
Padre Júlio Lancellotti reage e processa Marçal por difamação Candidato a prefeito de São…
Comitê recomenda ao Governo retorno do horário de verão Além de ampliar o período…
Economistas criticam aumento dos juros: “afronta ao governo e à economia” O aumento para…
Grandes e médias empresas ainda pagam salários 50% menores às mulheres negras Relatório do…
Dandara quer Uberlândia com desenvolvimento e inclusão social Deputada federal disputa para ser a 1ª…
Intelectuais apoiam suspensão do X e criticam ataque à soberania digital brasileira Os economistas…