Ex-presidente participou de caminhada e ato com milhares de pessoas, defendeu a democracia e disse que estado não deve eleger o bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL)
Publicado pelo Portal Vermelho
Em mais uma etapa de sua jornada pelo país neste segundo turno, o ex-presidente Lula (PT) esteve em Porto Alegre nesta quarta-feira (19), juntamente com seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB). Ambos participaram de uma caminhada que reuniu milhares de pessoas e percorreu ruas do centro, terminando com ato político na Praça da Matriz. Pouco antes do ato, houve coletiva de imprensa com Lula e Alckmin.
Nas duas ocasiões, Lula se solidarizou com o cantor Seu Jorge, que sofreu racismo durante show realizado no sábado (15), em clube na capital gaúcha. “Não podemos aceitar o racismo de jeito nenhum”, disse Lula, completando que “a escravidão acabou há muito tempo”. Lula disse ainda que o crime de racismo não reflete a posição do povo gaúcho ou porto-alegrense, mas “de uma minoria que não sabe respeitar a democracia, os trabalhadores, negros e índios”.
O ex-presidente lembrou ainda do caso do humorista Eddy Júnior, que também sofreu racismo na noite desta segunda-feira (17) em São Paulo. Lula defendeu que a Constituição já estabelece que o racismo é crime e que é preciso punir quem o comete, assim como é necessário mudar a cultura do preconceito e da discriminação por meio da educação.
Lula ainda criticou Bolsonaro pela utilização da máquina pública de maneira “jamais vista neste país” e com “a maior desfaçatez”. Para ele, isso reflete “certo desespero”. Lula disse ainda que está confiante de que “a sociedade está madura e sabe da necessidade de retomarmos a democracia”.
Leia também: Se a eleição fosse hoje, Lula teria 52% dos votos válidos contra 48% de Bolsonaro
Durante a coletiva de imprensa, questionado sobre sobre sua posição com relação à disputa pelo governo do Rio Grande do Sul entre Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL), Lula salientou que o PT do estado tem autonomia para tomar suas decisões e pontuo: “o povo deve escolher a pessoa mais democrática, razoável e sensível aos problemas sociais e Lorenzoni não é essa pessoa e é o mais comprometido com Bolsonaro”. No ato, declarou: “não permitam que Onyx seja governador; o RS merece mais, é símbolo da democracia e não podemos permitir que a extrema-direita governe este estado”.
Ações e propostas
Aos jornalistas, Lula também falou sobre as ações de seu governo em benefício do agronegócio, como a Medida Provisória 432/08 que, afirmou, possibilitou a securitização e a negociação de uma dívida de quase R$ 75 bilhões do setor. Ele também lembrou que em seu governo, a taxa de juros para o financiamento de maquinários agrícolas de grande porte girava em torno de 2%, e hoje, no governo Bolsonaro, a taxa é de 18%. Ele defendeu a preservação dos biomas brasileiros contra a ocupação desordenada e o uso adequado da biodiversidade na área de fármacos e cosméticos. Disse ainda que “cuidar do clima hoje é tão importante quanto qualquer outra atividade econômica”.
Outro ponto destacado por Lula foi a defesa dos trabalhadores. Ele salientou que é preciso haver novas regras que garantam direitos e segurança, sobretudo para os que hoje exercem funções precárias, desprovidas de qualquer tipo de cobertura social, como entregadores e motoristas de aplicativos e pessoas que vivem de bicos. “Quem trabalha precisa ter a tranquilidade de saber que se algum dia tiver algum problema, terá um sistema de seguridade para proteger a ele e a sua família; não é normal abandonar trabalhador à própria sorte”, enfatizou.
Lula também propôs que os bancos públicos viabilizem empréstimos para micro e pequenos empreendedores. E lembrando da proposta feita pela senadora Simonte Tebet (MDB-MS), disse que quer implantar a igualdade salarial entre mulheres e homens.
Outros pontos caros à agenda do ex-presidente, como o combate à fome e à miséria, o fortalecimento dos investimentos do Estado como indutor do desenvolvimento e gerador de empregos, a educação e a valorização do salário mínimo também pautaram suas falas em Porto Alegre.
O candidato a vice de Lula, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, declarou que “o Brasil não quer ódio, quer paz; não quer fome, quer emprego; não quer desmatamento, quer preservar a nossa casa comum; quer educação de qualidade; não quer negacionismo de vacina e 687 mil mortos, quer vida, SUS forte e saúde. Por isso, estamos juntos nessa grande frente por nosso país”.
O ato contou ainda com as presenças da ex-presidenta Dilma Rousseff; do ex-governador gaúcho Olívio Dutra; do senador Paulo Paim, da vice-presidenta do PCdoB, Manuela d’Ávila, dos deputados federais Maria do Rosário e Paulo Pimenta (PT); do deputado estadual Edegar Pretto (PT) e da deputada federal eleita e vereadora Daiana Santos (PCdoB), entre outras lideranças dos partidos que compõem a frente de apoio a Lula, como PSB, PDT, PV, PSol e Rede.
HÁ 245 VAGAS DISPONÍVEIS, OFERECIDAS PELA SECRETARIA DE TRABALHO E RENDA – SINE 1. Açougueiro…
Ataques à democracia e aos direitos humanos são herança da impunidade à ditadura Relator…
Censo Escolar registra crescimento no ensino em tempo integral Divulgado pelo MEC, números do…
Juiz de Fora: prefeita Margarida Salomão reduz jornada para 30h semanais Município da Zona…
“Não se faz política com mentira”, diz deputado sobre fake news contra ministra Márcio…
Gente boa do Blog, está marcado, será no dia 30 de abril, às 19:00 horas…