A Polícia Civil de Catalão em parceria com o IBAMA do Distrito Federal deteve na manhã de hoje um homem que mantinha em sua residência, no perímetro urbano de Catalão, 496 unidades de pássaros de várias espécies em extinção. Uma denúncia anônima de que os animais estavam em cativeiro sem a devida licença de criador, fez com que os policiais investigassem o caso que levou no desmantelamento do negócio irregular mantido pelo ex-bancário, Elcio Henrique da Costa.
Foram apreendidos em grande maioria canários da terra e parentescos, além de bicudos, este constado na lista de animais ameaçados de extinção, e vários outros. Também foram encontradas gaiolas e equipamentos utilizados no acondicionamento das aves e materiais para falsificação.
Segundo a delegada Marcella de Oliveira Souza Magalhães, do 2º DPC, algumas características mostram que por trás do crime exista uma quadrilha muito bem organizada. “O IBAMA nos auxiliou na operação ajudando inclusive no reconhecimento das espécies que estavam armazenadas de maneira correspondente a maus tratos, em ambiente sujo e mal arejado. Ainda há a suspeita de que o preso estivesse falsificando anilhas, que são os anéis colocados nas pernas dos animais para conferir a legitimidade dos mesmos. Até o momento foi detido apenas uma pessoa, mas vamos investigar possíveis fornecedores e compradores”.
A polícia explicou que os pássaros são comercializados pelos contrabandistas que lucram vendendo a criadores clandestinos, e, esses, ganham ao repassar a pessoas comuns. Foi observado ainda que o transporte dos bichos, realizado na maioria das vezes em condições precárias, é responsável por vitimar vários exemplares.
O Analista Ambiental do IBAMA-DF, Roberto Cabral, confirma que, além do crime ambiental, o crime de adulteração também foi verificado na ação e que ficou claro aos agentes o tráfico de animais. “Encontramos equipamentos que são utilizados para colocar ou retirar as anilhas dos pássaros já em idade adulta, o que só pode ser feito em filhotes e em cativeiros legalizados. Vários espécimes estavam mortos e outros mutilados decorrentes dessa prática e da indevida acomodação”, disse. Cabral verificou que na residência foi apreendido também o que chamou de transportadores, equipamentos que facilitam o transporte dos pássaros sem que isso seja notado por outras pessoas. “Acredito sim que um grupo criminoso está por trás de tudo”, acrescentou.
De acordo com a delegada o homem responderá pelos crimes de maus tratos, cárcere e adulteração, o que considerou mais grave, e sua pena que será em regime fechado pode passar de oito anos. A multa por manter pássaros em cativeiro sem a devida licença é de R$ 500 por unidade, sendo que no caso de espécie em vias de extinção, o valor chega a R$ 5 mil. O indivíduo permanece preso no presidio de Catalão onde deve cumprir sua pena.
Por: Gustavo Vieira
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