Desde agosto do ano anterior um projeto polêmico não é votado na Câmara Municipal de Catalão. O último texto avaliado na Casa foi relativo às contas do ex-prefeito Adib Elias (PMDB), que governou o município por dois mandatos.
Agora, as discussões, os debates, os gritos, a falta de respeito e as palavras de calão voltaram a dar aquele temperinho no Legislativo, pelo menos na sessão ordinária ocorrida nesta terça-feira (22), a 13ª do ano.
Acalorado, o encontro teve que ser interrompido pelo presidente Deusmar Barbosa (PMDB) para que a ordem fosse reestabelecida no plenário. Os vereadores Silvano Mecânico (PR), Regina Félix (PSDB) e Daniel do Floresta (PMDB) foram os que mais se exaltaram e chegaram a discutir até com o público presente.
O Projeto de Lei enviado pelo Poder Executivo que prevê a ampliação da captação e distribuição de água em Catalão, através de financiamento de R$ 36 milhões pela Caixa Econômica Federal, foi o combustível das divergências. Deusmar disse que a partir de agora pensará usar do direito de expulsar aqueles que tumultuarem os encontros seguintes, algo que até então não precisou ser empregado.
O dirigente da Superintendência de Água e Esgoto de Catalão (SAE) e secretário municipal de Governo, César José Ferreira, participou no dia 15 deste mês de uma sessão para expor o projeto. De acordo com ele, o estudo foi elaborado pela gestão passada e o atual sistema de tratamento e distribuição de água, que desde 1974 não recebe investimentos e foi criado para servir a apenas 25 mil moradores, se encontra defasado e insuficiente para suprir as necessidades dos quase 100 mil moradores da atual Catalão. Do mesmo sentimento afirmou compartilhar o vereador Aurélio Macedo (PP), líder do governo municipal na Câmara, ao ser ouvido pela reportagem.
Já a oposição não foi favorável ao texto por alegar que o valor é altíssimo e que não seria necessário o empréstimo no banco, se a própria SAE e o Executivo tem plenas condições de investir sem o órgão financiador. Gilmar Antônio (PMDB) colocou ainda em xeque o porquê de tanto dinheiro, “se eles mesmos têm divulgado que com pouco mais de R$ 1 milhão aumentaram em 35% a oferta de água na cidade. Então, seguindo esse raciocínio, seria necessário algo em torno de R$ 2 milhões para ofertar 100%. Não acha?”, questionou o vereador.
Aurélio, não muito seguro, respondeu a essa colocação observando que o referido investimento visou apenas garantir a distribuição de água, e que nada foi investido na ampliação do sistema. Para Gilmar e os seus essa versão ficou muito a quem do que se esperava entender.
Aprovaram o PL: Regina Félix, Silvano Mecânico, Daniel do Floresta, Aurélio Macedo, Paulo César (PMDB), Donizete Negão (PSC), João Antônio (PSDB), Leonardo Bueno, (PSC) Valmir Pires (PSDC), Juarez Rodovalho (DEM) e Pedrinho (PSD).
Os votos contrários à medida vieram de Jurandir Antônio, Sargento Anísio, Vandeval Florisbelo e Gilmar Antônio, todos peemedebistas. Paulinho Moreira (PMN), que é ligado à bancada governista, também votou contra.
A atual administração municipal reforça que o projeto prevê melhorias nos setores de captação, adução (elevação), tratamento, distribuição e reservação da água. Ela garante também que a capacidade de captação do ribeirão Samambaia, única fonte hídrica que abastece a cidade, será aumentada e o nível de água tratada em Catalão saltará de 200 litros por segundo para 400 litros por segundo.
Após aprovado o passo seguinte é encaminhar o projeto à Caixa Econômica Federal para a liberação do financiamento. Numa entrevista recente ao Blog do Mamede, César disse que o pagamento do investimento terá carência de dois anos e que as parcelas mensais de início seriam de aproximadamente R$ 180 mil.
Por: Gustavo Vieira/Foto: reprodução
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