Olá, Há algum tempo o absurdo tornou-se normal no Brasil. Nas últimas semanas vimos policiais espancando e apontando armas para alunos em uma escola pública de São Paulo, motim de PMs terminando com tiros no peito de um senador no Ceará e o presidente chamando manifestação contra o Congresso Nacional. O ódio parece andar às claras, sem qualquer pudor – e com certeza de impunidade. Em cenários críticos como esse, não é só fundamental que a imprensa trabalhe de forma livre, vigilante e combativa: é urgente. É a imprensa atuante o maior pesadelo de Bolsonaro e dos que flertam com o autoritarismo. Não foi por acaso que o presidente ameaçou publicamente prender Glenn Greenwald, que difamou há alguns dias de forma nefasta e misógina a jornalista Patrícia Campos Mello, que insiste em dar uma banana para a imprensa. O Carnaval passou e 2020, ano eleitoral decisivo, enfim vai decolar. Os dois primeiros meses do ano já deram uma prévia do que vem por aí: instituições em crise, medo e ânimos acirrados – algo que deve piorar conforme nos aproximamos da campanha. Pode parecer que assistir a isso em choque é tudo que você tem a fazer, mas te garanto que não é. É exatamente quando o medo ameaça nos paralisar que precisamos agir. É o que tenho dito diariamente para a equipe do Intercept. Pretendemos levar nossos repórteres de norte a sul do país para trazer as histórias de maior impacto para você – e isso não é barato, não dá lucro, não interessa a anunciantes. Mas tenho certeza de que vamos conseguir, porque o Intercept conta com os melhores e mais engajados patrocinadores: nossos leitores. Os tempos são sombrios, as instituições estão longe de inspirar confiança. No entanto, o jornalismo independente, corajoso e que quer mudar o mundo segue mais firme do que nunca. Nós não vamos parar diante da escalada de ódio. E para seguir com firmeza precisamos dos nossos leitores. Não perca a chance de reagir conosco hoje. VAMOS REAGIR AO ÓDIO → |