A Academia Catalana de Letras informa que,
no próximo mês de outubro, a Loja Maçonica Paz e Amor III completará 106 anos de existência.
Em 1913, momento em que os trilhos da estrada de ferro chegavam a Catalão, a cidade estava imersa em uma teia de conflitos, onde tudo se resolvia de forma violenta.
Até na inauguração da estação ferroviária, o deputado Ricardo Paranhos não pôde discursar, ameaçado de perto pelo revólver de Isaac da Cunha. Nesse contexto, alguns homens ordeiros e de bons costumes resolveram fundar uma loja maçônica. Usaram o nome sugestivo de Paz e Amor, numa terra onde imperava a desavença e o ódio.
Os pioneiros foram: Bento Xavier Garcia, Victor Grezzi, Alfredo Sampaio, João César Fleury, Antonio Thomaz, Virgílio Gomes Moreira e David Camões de Mendonça.
Dali em diante, de forma silenciosa, discreta e firme, acompanharam de perto todos os acontecimentos políticos, econômicos e sociais da região.
O que chamou a atenção, desde o princípio, foi a seriedade da Loja Paz e Amor III. Em 1915, por exemplo, a cidade tinha somente um rego d’água para servir a todos os moradores.
O poder público não conseguia impor ordem na distribuição da água. Delegou a questão para a Loja Paz e Amor que organizou todo o processo, trazendo satisfação geral para a comunidade.
Durante todo o século, a participação da maçonaria, na vida de Catalão, foi discreta mas bastante eficaz. Ajudou na consolidação do Colégio Mãe de Deus, através do Venerável Prof. Randolpho Campos. Participou na fundação da Santa Casa de Misericórdia, do Lar dos Órfãos Pobres e Casa das Viúvas, na construção da Ponte Wagner Estelita sobre o rio Paranaíba, no Hospital Materno Infantil, na duplicação da BR-050 e em vários outros benefícios públicos.
Diante desses fatos, o momento é apropriado para agradecimento aos guardiães catalanos da liberdade, igualdade e fraternidade.