A Academia Catalana de Letras registra que,
Catalão participou ativamente da Guerra do Paraguai, oferecendo um grupo de 27 voluntários e o comando de um tenente-coronel. A partida para a guerra se deu no Distrito de Vai-vem, município de Catalão, em abril de 1865, quando o comandante, Tenente-Coronel Antônio da Silva Paranhos, discursou solenemente em tom melancólico, de verdadeira despedida.
Frisou que: “É este, pois, o lugar que designei para dizer-vos o adeus da despedida e apertar-vos em meus braços. É este, pois, um dos momentos mais graves da minha vida pública e um dos lances mais tristes por que tenho passado (…) Adeus… adeus, meus amigos”.
O próprio Coronel Paranhos comandou o 9° Batalhão de Voluntários da Pátria, na Guerra do Paraguai, lutando ao lado do então Tenente-Coronel Floriano Peixoto.
Os voluntários de Catalão se juntaram ao restante das tropas de Goiás e lutaram bravamente em Mato Grosso. Foram os primeiros a travar combates corpo a corpo com os paraguaios e pouquíssimos sobreviveram, ainda tendo que enfrentar a fome, a malária e o cólera. De resto, os poucos sobreviventes sequer receberam homenagens de reconhecimento posterior.
Verdade que dois deles haviam desertado. Mas foram assassinados logo que retornaram a Catalão, por resistência à prisão. A guerra durou de 1864 a 1870. O Coronel Paranhos foi ferido na famosa batalha de Curupaiti e retornou a Catalão. Mais tarde, tornou-se o primeiro senador representante de Goiás na esfera federal e participou da Primeira Constituição do Brasil, em 1891. Seis anos depois foi brutalmente assassinado, numa rua central de Catalão, por jagunços contratados por oponentes políticos.