A Academia Catalana de Letras registra que,
No primeiro ano de seu aniversário, Catalão era uma pequena e modesta cidadezinha do interior. Não tinha luz elétrica, nem cinema, nem rádio, nem clubes, nem telefone, nem futebol e nem escolas.
Mas, tinha quatro cavalheiros, com admirável formação intelectual, que comemoraram, a gosto, a sua emancipação. O deputado Antonio da Silva Paranhos, originário do Rio de Janeiro, com aproximadamente 36 anos; o juiz de Direito Bernardo Guimarães, mineiro de Ouro Preto, com a mesma idade; o padre Luiz Antonio da Costa, vigário da cidade, com provavelmente 30 anos e o poeta Roque Alves de Azevedo (Roquinho) com 33 anos. Os quatro amigos fizeram serões que varavam noites e mais noites, até semana inteira, animando a vida noturna de Catalão. Cada um deles, merece uma história particular.
O primeiro, Antonio Paranhos, foi assassinado na virada do século quando Senador da República. O segundo, grande escritor brasileiro, Bernardo Guimarães, ganhou fama e destaque nacional na literatura. O terceiro, padre Luiz Antonio, apesar de vigário da cidade, teve vários filhos, que fizeram parte, com destaque, da história do município.
O último, Roquinho, filho adotivo do Cel. Roque, escreveu um caderno de poesias, mas faleceu, ainda jovem, aos 23 anos de idade.
Esses cavalheiros foram nossos irmãos mais velhos, há 160 anos, no antigo Catalão.