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Economistas dos bancos já empurram crescimento para 2021

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A eventual aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso Nacional não retomará o crescimento econômico em 2019 e as projeções para 2020 não são otimistas; “Por enquanto, o efeito é mais de confiança e expectativa de que algo concreto aconteça na economia”, afirma Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.

A eventual aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso Nacional não retomará o crescimento econômico em 2019 e as projeções para 2020 não são otimistas. A falta de proposta concreta para a geração de empregos e para o aumento do nível de consumo por parte do governo Jair Bolsonaro desmonta a tese de que a iniciativa privada é a força matriz para a expansão do PIB. Economia pode entrar em recessão já em 2019, com estimativas oficiais apontando crescimento abaixo de 1% para este ano.

De acordo com Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos, não há muito o que possa ser feito para acelerar a atividade no curto e médio prazos. “Todas as discussões que estamos tendo, como a reforma tributária, têm um caminho longo até ser aprovado e ter materialização disso na economia. Os frutos das reformas não vão aparecer rapidamente”, afirma Zeina. “Isso significa que não vai ter efeito nenhum? Não, porque aumenta a confiança”, complementa. Os relatos foram publicados pelo jornal Valor Econômico.

Ela destaca o risco de o crescimento voltar a partir de um patamar muito baixo do PIB potencial. “Minha preocupação é que estamos com a economia com potencial de crescimento muito baixo, de 1% a 1,5%. Foram muitos anos de equívoco na política econômica, má alocação de recursos. Isso fragilizou a infraestrutura, mexeu com os preços relativos da economia. A crise prolongada também machuca o potencial. É como se fosse um paciente internado há muito tempo no hospital cuja musculatura vai ficando frágil”, continua.

Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, também acredita que o impacto concreto das reformas prometidas pelo governo Jair Bolsonaro só será sentido a partir de 2021.

“Por enquanto, o efeito é mais de confiança e expectativa de que algo concreto aconteça na economia”, complementa. “Acho difícil piorar muito mais do que nos anos anteriores. O segundo semestre terá um efeito estatístico porque a base foi baixa. No ano passado, tivemos eleições conturbadas e a crise na Argentina, que afetou muito a produção industrial”, diz.

Por Brasil 247

 

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