Antes de completar quatro meses, o governo Bolsonaro está implodindo, com o capitão presidente e o vice general agora em guerra aberta.
Aonde isso vai dar, quanto tempo ainda o país vai assistir placidamente a este barraco federal armado no Palácio do Planalto?
Parece que nada mais é capaz de espantar os brasileiros, tantos são os desmandos, as bizarrices, as pernadas abaixo da linha de cintura e os escândalos que se multiplicam em progressão geométrica para onde quer que se olhe.
Ou que outro nome se pode dar a esta notícia publicada pela Folha, como se fosse um fato corriqueiro: “Governo oferece R$ 40 mi de emendas a deputados que votarem pela reforma”?
É isso mesmo: o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em nome do governo, resolveu comprar os deputados para votarem a favor da reforma da Previdência no plenário da Câmara.
A R$ 40 milhões por cabeça, isso vai custar ao país R$ 14,2 bilhões até 2020, se forem incluídos também os senadores, para aprovar essa reforma já desidratada, um verdadeiro Frankenstein costurado pelo Centrão de Eduardo Cunha em parceria com o superministro Paulo Guedes.
Se essa reforma era a salvação da lavoura, o pau da barraca do governo, capaz de resolver todos os nossos problemas, de dor de corno a frieiras, então estamos perdidos.
Fora isso, qual é a estratégia do governo para os próximos meses e anos? Quais são os projetos para desencalhar a economia que está parando e enfrentar o grande drama do desemprego crescente?
Até agora, o governo só se dedicou a destruir a Educação, a Cultura e a Política Externa, acabar com direitos sociais, rifar a soberania nacional e o patrimônio público, distraindo a platéia com o arranca rabo entre filhos do presidente, generais de pijama e olavetes ensandecidos.
É só isso que anima o noticiário político, onde não há mais espaço para a discussão dos grandes problemas nacionais de um país que vai se desfazendo de vergonha na cara.
Outro dia, Bolsonaro acabou por decreto com todos os conselhos formados nos últimos anos pela sociedade civil organizada. Ninguém fala mais no assunto.
São tantos os absurdos e as atrocidades, que um vai superando e outro, uma tragédia cede lugar a outra maior, e logo os assuntos vão sendo esquecidos.
Nem se fala mais no fuzilamento por uma guarnição do Exército, com mais de oitenta tiros, contra o carro do músico em que mataram também um catador de papel que foi salvar o filho dele.
A troca de ofensas entre filhos do presidente, militares e olavetes virou arroz de festa, não dá mais manchete.
O aumento progressivo do desemprego e da miséria já faz parte da paisagem, não chama mais a atenção de ninguém.
E as milícias continuam mandando e matando impunemente no Rio de Janeiro, onde o famoso motorista Queiroz desapareceu, junto com os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson.
Tudo virou o “novo normal”, essa expressão calhorda que inventaram para designar o que não é normal numa sociedade civilizada.
Por Brasil 247
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