A Universidade Estadual de Goiás (UEG) completa 20 anos nesse mês. Fundada em 1998, a universidade do povo goiano, mesmo com pouco orçamento e sem o apoio necessário de muitas autoridades políticas, se firma e contribui muito com avanços em vários setores do Estado de Goiás.

Nesses anos, é inegável que ela ajudou a melhorar e a transformar, em especial a vida do povo que reside no interior do Estado e sofria as maiores dificuldades possíveis para que se obtivesse um diploma de curso superior e, assim, pudesse adentrar ao mercado de trabalho com uma melhor qualificação.

A UEG já emitiu 100 mil diplomas, está em mais de 40 municípios, possui 41 câmpus, emprega mais de 2 mil professores, 1 mil técnicos, possui mais 20 mil alunos, dezenas de especializações, 2 doutorados e 13 mestrados.

Nesse sentido, é evidente que quem apostou, acreditou e investiu na formatação de uma universidade multicampi, interiorizada e de acesso sobretudo às camadas mais pobres, acertou e merece nosso respeito, mas é certo também que, nesse percurso, houve erros, desvios. A nossa universidade, inclusive, serviu também a interesses não tão republicanos e muito menos voltados às reais necessidades da comunidade.

A verdade é que, em muitos momentos dessa bonita e profícua história, faltou diálogo, investimentos, posturas éticas. A UEG foi, inclusive, usada para fins eleitoreiros, isso é fato. Que não se volte a cometer erros tão crassos e que a universidade jamais volte a servir a grupos políticos.

A UEG, agora na maioridade, deverá estar fincada no interior do Estado, investindo na formação de seu povo, servindo como trampolim de ascensão social, qualificando e diplomando nossos jovens sobre a égide da transparência, da impessoalidade. E, principalmente, que tenha seus recursos investidos em pesquisa, extensão e no ensino, tão necessários para romper as barreiras no acesso ao conhecimento.

Matéria publicada na coluna Opinião do Jornal o popular no dia 19/04/2019