A Universidade Estadual de Goiás (UEG) é uma das maiores Universidades do Brasil, com 41 campus espalhados por todas as regiões do Estado, Um Centro de Educação à Distância, mais de 140 cursos de graduação, 13 mestrados, 02 doutorados, 40 especializações, 20 e poucos mil alunos, 2000 professores, 1000 servidores, em números é grande mesmo, também o é na qualidade de seu ensino, da pesquisa e extensão.
Contudo, em seus 20 anos de existência passa por um dos momentos mais complicados de sua história, com cortes no orçamento, sem uma política clara, definida e transparente de como deverá fazer para enfrentar os desafios de muita demanda em alguns cursos e pouquíssima em outros e demasiada e histórica intromissão política em suas decisões de crescimento e ou contingenciamento.
Se já não bastasse tantos problemas, uma legítima greve dos professores está deflagrada, e seríssimas denúncias de favorecimento pessoal, emprego de parentes e até de desvio de dinheiro público, em um projeto em parceria com o governo federal através do PRONATEC. Programa inovador, criado pelo governo de Dilma Rousseff, que investiu mais de 100 milhões em Goiás.
Verdade é que é preciso ter cautela e esperarmos a devida apuração das denúncias, já tivemos casos que não deram em nada, por exemplo, a que envolveu o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier, que acusado de corrupção, foi preso, e até o momento a Polícia Federal, o Ministério Público e ou outras autoridades não apresentaram as provas, ele se suicidou de desgosto.
Todavia, o que de fato se percebe nesse momento de mais grave, é que o atual governador não quer conversar com o reitor, e aí o imbróglio aumenta, mesmo com a autonomia universitária, reitor nenhum conseguirá levar a universidade a frente sem diálogo, ou seja, como tocará sem verbas, sem colaboração alguma dos setores governamentais?
Diante disso, mesmo sabendo que ele está ocupando um cargo eletivo, lhe outorgado pela comunidade universitária e que ainda lhe restam mais de um ano de mandato, duas alternativas estão postas, uma de se afastar até que se apure os fatos, a segunda que renuncie e imediatamente se convoque outra eleição para democraticamente se escolher o próximo reitor. Todas as duas alternativas devem ser consideradas e caberá ao magnífico reitor refletir qual delas valerá mais a pena.
Mamede Leão – é professor de História Contemporânea da Universidade Estadual de Goiás – e está Diretor do Campus Pires do Rio.
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