Os líderes dos países do G8, menos a Rússia, se encontraram nesta segunda-feira em Haia para discutir o que fazer com os desdobramentos da integração à Rússia da Crimeia, lugar de onde as últimas tropas ucranianas começaram a se retirar da península e o rublo começou a circular.
Há pouco mais de uma semana, 96,77% dos cidadãos da Crimeia apoiaram a reunião com Moscou e a independência da Ucrânia, onde um governo de maioria ultradireitista chegou ao poder em circunstâncias violentas e anticonstitucionais.
Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos decidiram se reunir em junho, em Bruxelas, para substituir a cúpula do G8 em Sochi, que foi cancelada após as últimas ações da Rússia na Ucrânia.
“Os líderes do G7 se reunirão novamente em junho em Bruxelas. Não estarão em Sochi”, indicou no Twitter o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, que participou da reunião em Haia convocada pelo presidente americano Barack Obama.
“Estamos preparados para intensificar as respostas, incluindo sanções setoriais coordenadas que terão um impacto cada vez mais significativo na economia russa, se a Rússia continuar alimentando a escalada”, indicou o G7 em um comunicado após a reunião na cidade holandesa.
Mais cedo, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, já havia antecipado que a expulsão do G8 “não seria uma grande tragédia” para seu país. “Se nossos parceiros ocidentais pensam que este formato é ultrapassado, que seja assim”, afirmou o chefe da diplomacia russa durante uma coletiva de imprensa.
“O G8 é um clube informal (…), para nós não seria uma grande tragédia se o G8 não se reunisse”, acrescentou Lavrov após o primeiro encontro com seu colega interino ucraniano, Andrei Deshchytsia.
Lavrov se reuniu nesta segunda-feira com o secretário de Estado americano, John Kerry, segundo a porta-voz do departamento de Estado, Marie Harf.
Durante a reunião, Kerry teria demonstrado irritação pela suposta presença em massa de tropas russas na fronteira da Ucrânia.
Em sua chegada a Holanda nesta segunda-feira, o presidente americano advertiu que Washington e a Europa fariam a Rússia pagar pela “anexação” da Crimeia. A mídia ocidental trata de usar a palavra anexação para a reunificação da Crimeia à Rússia. Agindo em uníssono, a mídia brasileira também segue o mesmo padrão de falsificação da realidade historica.
“Europa e Estados Unidos estão unidos em seu apoio ao governo e ao povo da Ucrânia, e estão unidos para fazer a Rússia pagar pelo custo de suas ações neste país”, declarou Obama à imprensa em Amsterdã depois de se reunir com Mark Rutte, o primeiro-ministro holandês.
À tarde, Obama se reuniu com seus colegas do G7 em uma cidade sob forte esquema de segurança. De acordo com a Otan, Moscou enviou forças significativas para perto da fronteira leste da Ucrânia, e Kiev informou no domingo que temia uma invasão.
Em Haia, o ministro interino ucraniano Andrii Deshchytsia disse que a posição do governo de Kiev “é a utilização de todos os meios pacíficos para resolver este conflito de forma pacífica”.
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