Votaram contra 432 legisladores. Só 202 endossaram o texto. Ou seja, a primeira-ministra Theresa May perdeu por uma diferença de 230 votos.
Até aqui, o revés mais expressivo sofrido por um premiê havia sido por uma margem de 166 votos —o trabalhista Ramsay MacDonald (1866-1937) detinha esse recorde incômodo, registrado em 1924.
Após o anúncio da derrota de May, o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, apresentou uma moção de desconfiança do governo, que deve ser votada nesta quarta-feira (16).
O documento rejeitado, que consumiu 17 meses de negociações entre Londres e Bruxelas (sede da governança europeia), fixa a separação para 29 de março deste ano. O Reino Unido está na UE desde janeiro de 1973.
Não está claro qual será a próxima etapa do “divórcio” e nem se May resistirá a mais esse baque —em dezembro, ela se viu forçada a adiar a votação do documento na véspera da data prevista diante do prognóstico de uma derrota sonora.
A conservadora prometeu voltar rapidamente ao Legislativo com um “plano B” se o texto original não fosse aprovado. Na semana passada, o plenário deu a ela três sessões parlamentares para submeter um roteiro alternativo.
O principal ponto de desacordo é o mecanismo previsto para evitar o restabelecimento de uma “fronteira dura” entre as Irlandas, conhecido como “backstop”. O dispositivo visa evitar controles de mercadorias e pessoas que poderiam reacender, na Irlanda do Norte, a tensão entre o movimento unionista (pró-permanência no Reino Unido) e grupos nacionalistas, que desejam a integração das duas Irlandas.
Um conflito de 30 anos entre eles foi apaziguado em 1998, com a assinatura de um acordo de paz que abriu a fronteira entre o Norte e a República. Mas a alteridade ainda é bastante presente no cotidiano da província britânica.
Os britânicos escolheram sair do bloco europeu em um plebiscito realizado em junho de 2016. O primeiro-ministro à época, David Cameron, convocou a consulta quase como um gesto pro forma.
Certo de que o “remain” (permanecer) venceria, queria fortalecer sua liderança. Foi pego de calça curta pelo 52% a 48% a favor do “divórcio”; o “leave” (sair) teve adesão expressiva nas áreas rurais e mais pobres do país. Renunciou e foi substituído pela correligionária Theresa May, até ali sua ministra do Interior.
Fonte: Folha de S. Paulo
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