Há cerca de um mês foi reportada por esse veículo de imprensa a situação caótica em que se encontram alguns servidores públicos da cidade de Cumari, distante 33 quilômetros de Catalão.
A funcionária pública da área de limpeza urbana daquele munícipio, Leontina Aparecida de M. Gomes se queixou de uma série de dificuldades no trabalho, o que chamou de “descaso” e “perseguição” e culpou os gestores da cidade pela falta comprometimento com os mesmos.
Em nome de seus colegas a mulher disse que fazem cinco anos que os varredores de rua e coletores de lixo desempenham suas funções sem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que são exigidos por lei pelo Ministério do Trabalho e Emprego, e outros materiais necessários à atividade.
A gari acusou o prefeito, Marco Antônio dos Santos (PSDB), popular Marquinho do Bento, de desprezar a categoria. “Nós trabalhamos todos os dias com a nossas roupas e calçados e devido a essa falta de cuidado duas garis estão afastadas por problema de pele, uma inclusive sofre mais com isso porque existe a suspeita de que ela esteja com câncer [de pele] em estágio inicial. Trabalhamos com a nossa roupa, sem proteção alguma e até de chinelo de dedo”, contou. Ela reforçou mais uma vez que a equipe da limpeza vem com frequência sofrendo perseguição no trabalho por parte do chefe de setor, de nome Lázaro Ivan.
Em resposta às acusações Marquinho do Bento disse que todos os funcionários têm uniformes e que nem todos fazem uso dele. Contou também que novas vestes de trabalho devem ser entregues aos garis e recolhedores de lixo nesta sexta-feira, 14, e que considera um absurdo as queixas da funcionária. “Estou atento a tudo isso e devo consultar a lei orgânica do município para atendê-los. Eles pedem até filtro solar e não sei o porquê disso se trabalham com camisa da manga longa e de chapéu. Devem querer passar o produto no nariz e na boca, só pode ser”, ironizou Marquinho.
O prefeito garantiu a entrega dos materiais necessários dentro das possibilidades do munícipio e afirmou que caso algum trabalhador continue a exercer sua função sem os EPI´s, ele será submetido a processos administrativos e na persistência do desuso dos uniformes, o servidor poderá ser desligados de suas atribuições.
“Disseram inclusive que dois garis estão com problemas de pele por causa do sol, eles te mostraram algum atestado comprovando isso? Isso aí é perseguição política de meus adversários”, respondeu Marquinho ao ser indagado sobre a possibilidade de os garis que alegam ter adquirido problemas de saúde no trabalho, receberem atendimento médico gratuito na cidade.
A varredora Ironi Mesquita dos Reis (foto) foi encontrada por nossa reportagem no hospital de Cumari, mantido pelo próprio Executivo e reclamou do péssimo atendimento ali oferecido a ela e a quem mais precisar. “Isso aqui na minha pele contraí trabalhando no sol, sem os EPI´s. Não sei o que é, mas espero não ser nada grave”, exasperou a funcionária.
Leontina reforçou que continuará buscando melhorias para a classe e se comprometeu a repassar ao Blog do Mamede as novidades ou mesmices em torno do assunto.
Por: Gustavo Vieira
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