Em seu pronunciamento, Eduardo afirma que, caso seu pai seja eleito, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, não será convidado para a posse no dia 1º de janeiro, o que demonstra a falência diplomática da futura gestão.
Mas o deputado vai além e garante que o vice, general Hamilton Mourão, já demonstrou interesse em invadir o país vizinho. “O general Mourão já falou: a próxima operação de paz do Brasil vai ser na Venezuela. Vamos libertar nossos irmãos venezuelanos da fome e do socialismo”, anunciou.
Na noite desta segunda-feira (22), o presidenciável Fernando Haddad (PT) criticou a política belicista de Bolsonaro e afirmou que falar em guerra contra a Venezuela é desconhecer a situação das Forças Armadas do Brasil. “Isso seria enviar soldados brasileiros, provavelmente pobres, para a morte na fronteira com o país vizinho”.
Haddad demonstra preocupação com uma possível escalada armamentista na região, uma vez que a América Latina é considerada um território de paz pela Cúpula dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a diplomacia do Brasil é reconhecida mundialmente pela não intervenção em assuntos internos de outros países.
“A ideia também de colocar uma base militar americana no Brasil também é fonte de preocupação porque nós não temos essa tradição. O Bolsonaro, e isso eu ouvi, declarou que a Base de Alcântara seria cedida para os americanos. Então há preocupações”, afirmou Haddad em entrevista nesta terça-feira (23).
Nos últimos anos o Brasil não interferiu em assuntos internos dos países vizinhos e tem tradição diplomática de mediar conflitos, não impulsioná-los. Não há interesse do governo brasileiro em invadir a Venezuela.
Vale destacar que há anos Nicolás Maduro enfrenta um processo de desestabilização contra seu governo orquestrado nos Estados Unidos e aplicado pela elite local. O país é vítima de sabotagens e destruição de alimentos para gerar o clima de instabilidade social e frustração.
O interesse externo na Venezuela é o petróleo, uma vez que o país é a segunda maior reserva da matéria prima no mundo. O Brasil, ao impulsionar um ataque contra Caracas, seria um vassalo norte-americano e a vítima, no fim das contas, os jovens soldados brasileiros enviados para a morte.
Mariana Serafini, do Portal Vermelho
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