Com muita frequência uma família de capivaras pode ser vista ao redor da represa do Clube do Povo sem ser incomodadas por ninguém. Os quase 30 animais circulam livremente pela orla da represa até muito próximo de algumas pessoas que fazem caminhadas e outros exercícios físicos no local. Alguns até aproveitam para alimentá-las.
A capivara é o maior roedor do mundo e é também um mamífero originário das regiões úmidas da América do Sul. Não muito longe do encanto que esses belos animaizinhos proporcionam aos curiosos e, principalmente as crianças, elas podem transmitir doenças graves e até fatais.
A capivara é o hospedeiro do carrapato estrela, o transmissor da febre maculosa que é pouco conhecida por médicos no Brasil. Esses roedores são hospedeiros amplificadores da bactéria causadora da doença, a Rickettsia rickettsii (riquétsia).
A febre maculosa é transmitida aos seres humanos pela picada do carrapato estrela, infectado com riquétsia. A doença causa febre, dor muscular, cefaleia e, em 70% dos casos, manchas na pele a partir do terceiro dia após a infecção, podendo haver necrose das extremidades e, nos casos mais graves, levar à morte. Esse assunto foi tratado pelo Blog do Mamede recentemente.
Em setembro do ano anterior a Secretaria do Meio Ambiente de Catalão (SEMMAC) mostrou certo interesse em averiguar se a presença dos roedores na área urbana do munícipio representaria algum risco à população, mas nada foi feito ou apenas divulgado até então.
O assunto também preocupou o Ministério Público que solicitou a SEMMAC que estudasse uma maneira de retirar as capivaras da cidade. O Promotor Roni Alvacir Vargas levantou a hipótese de a doença ter vitimado alguns cachorros de rua que diariamente vistos no local, foram encontrados mortos sem nenhuma explicação plausível.
“Isso foi um alerta até da SEMMAC que preocupada com essa situação de Saúde Pública, informou o MP da necessidade da retirada das capivaras represa do Clube do Povo. Eu recomendei que, se necessário, esses animais fossem retirados da melhor maneira possível para evitar abusos e maus tratos e que ganhassem destino adequado não precisando ser sacrificados”, contou Vargas. Na época, ele até mencionou a possibilidade de os roedores serem encaminhados a um criadouro autorizado pelo IBAMA.
Meses e meses depois os dentuços animais ainda são vistos nadando na represa e caminhado ao redor dela. De acordo com informações da SEMMAC não existe em Catalão manejo, equipamentos ou até uma empresa especializada para realizar o trabalho de retirada dos bichos da cidade, o que explica que nada tenha sido feito até agora.
Diante disso só Deus sabe quanto tempo mais as capivaras serão atração turística e ao mesmo tempo risco a quem tanto se encanta com elas. Que até lá ninguém seja vitima para que providências efetivas sejam tomadas.
Por: Gustavo Vieira
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