A revisão na estimativa para o salário mínimo em 2019 ocorre porque o governo revisou de 3,8% para 3,3% sua previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2018 – que é utilizado como referência para correção do salário mínimo no ano que vem.
A redução ocorre em um momento no qual itens como o gás de cozinha e o combustível estão em alta, pesando sobre o orçamento das famílias. De acordo com o Procon, o botijão de gás mais barato encontrado em Palmas, por exemplo, custa R$ 85, o que representa quase 9% do salário mínimo atual.
Além do impacto negativo para aqueles que ganham o piso, a revisão do valor dos salários tem consequência também para a economia como um todo, já que retira poder de compra, minando o consumo.
A queda no valor do reajuste se dá apesar de o salário hoje estar muito distante do que é preciso para atender às necessidades do trabalhador. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor ideal do piso, para atender às demandas de uma família de quatro pessoas, levando em consideração os custos com alimentação, habitação, higiene, vestuário e transporte, seria de R$ 3696,95 – ou seja, quase quatro vezes maior que o valor atual.
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