Imperícia dos investigadores e da polícia, vagarosidade da Justiça, ou simples astucia de seus assassinos. São diversos os fatores que dificultam a conclusão de vários crimes no país. Impunidade, insegurança e revolta. São esses os adjetivos em forma de se sentimento que restam à população diante dessa realidade.
Em todo o país famílias aguardam respostas de crimes que se tornaram um mistério e até causam certo medo quando comentado ou simplesmente lembrado.
Em Catalão, quem nunca ouviu falar do linchamento e morte do farmacêutico Antero da Costa Carvalho? O crime ainda é tabu e ocorreu à meia noite do dia 16 de agosto de 1936. Antero foi arrastado pelas ruas da cidade e devido à crueldade com que foi assassinado, hoje é considerado um santo da cidade.
Recordemos também os casos de Juarez Costa Barbosa Fayad e Luis Palacín Gomes (1998) que, em seus estudos, buscam trazer à luz aspectos intrínsecos, e muitas vezes próprios da cidade, detendo-se em especial, em sua história política. Cornélio Ramos (1997), por sua vez, memorialista, se debruçou sobre as memórias e narrativas dos moradores de Catalão, os quais cresceram ouvindo as inúmeras histórias em torno de Antero. Ramos recorre às histórias contadas e experiências, eternizando a importância do local e das pessoas que vivem ou viveram nela*.
Em 1998, o então prefeito de Catalão, Eurípedes Pereira, foi morto sem qualquer razão aparente. O crime até hoje permanece impune e como ferida que não cicatriza na história de Catalão.
Vista pela última vez em 11 dezembro de 2012 a garota Priscila Brenda, então com 14 anos, morava com seus pais no distrito de Pires Belo, a 30 quilômetros de Catalão. Conhecida por sua simpatia e humildade Priscila foi vista entrando no carro de seu namorado para nunca mais retornar. A polícia acredita que a menina tenha sido morta e seu corpo ocultado. Os suspeitos, incluindo um amigo do rapaz, não estão presos.
A menina Yasmin Martins de Souza Silva, de 8 anos, encontrada morta dentro de uma construção no bairro Paineiras, na manhã do dia 9 de dezembro, é o caso mais recente a fazer parte dos questionamentos e boatos populares. A criança sofreu abuso sexual e foi morta a pauladas e os golpes atingiram principalmente seu rosto.
A polícia até investiu todas as fichas em um foragido da Justiça por suspeitar ter sido ele o autor da barbárie. O assunto trouxe ainda mais mistério quando, por meio de exame de DNA, o acusado foi inocentando do crime. Por ter os investigadores acreditado piamente na hipótese que caiu por terra, o verdadeiro assassino continua entre nós.
Quem sabe poderemos encontrar alguns desses sagazes criminosos, dos casos mais recentes, é claro, em uma sessão de limpeza de um supermercado, numa sorveteria em um final de semana, pedindo ajuda para abrir a porta do carro ou até se desculpando por um esbarro na fila de um banco. Quem sabe seu nome entre também nas estatísticas de morte que nos fazem pensar que o suicídio foi sua causa?!
É como diz o ditado popular: ‘basta estarmos vivos para morrer’. E se alguém “facilitar” então, essa lista de crimes não solucionados poderá ganhar mais alguns nomes. Tente não ser o próximo, se possível.
Por: Gustavo Vieira/*: paragrafo reproduzido
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