Acolhendo requerimento do MP, o juiz Fernando Samuel decretou a prisão preventiva do bispo Dom José Ronaldo; do monsenhor Epitácio Cardozo Pereira; dos padres Mário Vieira, Moacyr Santana, Tiago Wenceslau e Waldson José; e dos empresários Antônio Rubens e Pedro Henrique, com fundamento para garantia da ordem pública e para conveniência da instrução. Essas pessoas estão entre as 11 pessoas envolvidas em um esquema de desvio de dinheiro e apropriação indébita de recursos da Diocese de Formosa, revelado pela Operação Caifás, deflagrada na última segunda-feira (19/3).
Essa ação desarticulou um esquema de desvio de dinheiro e apropriação indébita de recursos da Diocese de Formosa, bem como de algumas paróquias ligadas a ela em outras cidades. Os valores desviados eram provenientes de dízimos recolhidos dos fiéis, de doações e de taxas arrecadadas com festas e cerimônias da Igreja Católica, como batismo e casamento.
A operação, coordenada pelos promotores de Justiça Fernanda Balbinot e Douglas Chegury, contou com a atuação de mais dez promotores de Justiça e o apoio do Centro de Inteligência (CI) do MP-GO, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Entorno do Distrito Federal, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI-MP), além da Polícia Civil e da Polícia Militar.
Denúncia
Os promotores de Justiça Fernanda Balbinot, Paula Moraes de Matos, Julimar da Silva e Douglas Chegury ofereceram denúncia contra o monsenhor Epitácio Cardozo Pereira, o contador Darcivan da Conceição Serracena, o bispo José Ronaldo Ribeiro, o secretário da Cúria Guilherme Frederico Magalhães e o juiz eclesiástico Tiago Wenceslau de Barros Barbosa Júnior. Foram denunciados também os padres Moacir Santana, Mário Vieira de Brito e Waldson José de Melo e os empresários Antônio Rubens Ferreira e Pedro Henrique Costa Augusto e o advogado Edimundo da Silva Borges Júnior. À exceção dos empresários Antônio Rubens e Pedro Henrique, todos os demais responderão pelo crime de associação criminosa.
Epitácio Cardozo, Waldson José e Guilherme Frederico foram denunciado também por apropriação indébita, enquanto José Ronaldo e Mário Vieira por apropriação indébita e falsidade ideológica. Darcivan, Edimilson e Tiago foram denunciados por falsidade ideológica e, por sua vez, Moacyr Santana responderá por apropriação indébita e lavagem de dinheiro. Por fim, os empresários Antônio Rubens e Pedro Henrique foram denunciados pelo crime de lavagem de dinheiro.
Os promotores descreveram em detalhes a participação de cada um deles no documento, onde são individualizadas as suas condutas criminosas para que a apropriação de altos valores advindos de dízimo de fiéis, pagamento de emolumentos eclesiásticos de batismos, casamentos, bem como doações e coletas. Confira também clicando aqui a decisão judicial.
(Cristiani Honório / Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)
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