Com presença de dezenas de lideranças políticas e sociais, como a presidenta Dilma Rousseff, a manifestação das Mulheres pela Democracia foi o primeiro grande ato de massas da jornada em defesa da democracia e pelo direito de Lula ser candidato, diante do julgamento que ocorrerá em segunda instância, no TRF4, nesta quarta-feira ( 24).
Com a sintomática falta de energia elétrica que ocorrera no anfiteatro da Assembleia Legislativa, local do evento, o ato transferiu-se para a praça da Matriz, no quadrilátero que abriga a sede do parlamento gaúcho e o palácio do governo estadual.
A denúncia dos retrocessos promovidos pelo governo Temer e como eles têm afetado a vida das mulheres brasileiras também deu o tom da mobilização em uma praça da Matriz completamente tomada por mulheres e homens, trabalhadoras e trabalhadores.
“A legítima presidenta da República está aqui entre nós. Consideramos que este julgamento é a continuidade do golpe que estamos vivendo. Por isso, nós do PCdoB, que temos nossa candidata à presidência da República, a nossa deputada e gaúcha Manuela D’Ávila, defendemos o direito de Lula ser candidato a presidente, pela justiça e pela democracia”, acentuou.
Manuela também usou a palavra para reforçar a necessidade de ampla mobilização em defesa da democracia e do futuro do Brasil. A pré-candidata do PCdoB condenou a politização da justiça. “O único juízo político legítimo é o das urnas”, afirmou.
A ex-ministra de Políticas para as Mulheres do governo Dilma, Eleonora Menicucci, afirmou que não há democracia no país sem Lula na eleição. Ela reforçou que Dilma foi uma vítima de uma grande fraude, um golpe que está instaurando uma espécie de ditadura disfarçada, na qual as mulheres tem sido suas maiores vítimas. Para ela, o significado do ato é de que o caminho é o do resgate da democracia através da luta, nas ruas.
Maria José Rosado, das Mulheres Católicas pelo Direito de Decidir emocionou o público ao dizer que “a luz dessa nação são as mulheres”. Ela defendeu que, junto das forças progressistas, construa-se a unidade de todas as forças religiosas progressistas do país, em nome da resistência em defesa do futuro e da democracia.
Resistência
O encerramento do ato teve o pronunciamento da presidenta Dilma. “Estamos aqui fazendo a resistência democrática”, afirmou.
Para ela, a segunda etapa do golpe foram – e estão sendo – um conjunto de medidas que retiram direitos e promovem retrocessos que comprometem o futuro da nação.
Já a terceira fase, para ela, na qual se insere o julgamento do ex-presidente Lula, dá-se em um momento em que está claro o fracasso do próprio golpe. A direita conservadora não consegue construir um candidato, veja-se o exemplo do PSDB. Por outro lado, a Rede Globo tenta claramente organizar uma candidatura.
A presidenta condenou o julgamento em tempo recorde de Lula, sem provas. Finalizou com uma reflexão acerca da necessidade de a justiça ser isenta e não ter lado.
O evento foi representativo e contou com a presença de dezenas de lideranças políticas como deputados e deputadas de todo o país, governadores e ex-governadores, senadores e senadoras, além da representação de centrais sindicais como a CUT e CTB, e de entidades e organizações diversas do movimento social como a União Brasileira de Mulheres, a Marcha Mundial das Mulheres, UNE, Ubes, UJS, etc. Também contou com delegações representantes da Venezuela, Argentina e Uruguai.
Portal Vermelho
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