Sob aquela premissa de que só acontece com os outros e em outros lugares, agora, o cenário atual da política em Catalão vem mostrando que nessa terra (Brasil) os políticos falam um idioma “$ó”, e o cidadão catalano é testemunha disso.
Vêm sendo amplamente divulgado pelas redes sociais e jornais da cidade as polêmicas e astronômicas tolices proferidas por um vereador, que parece sustentar sobre si esses mesmo adjetivos.
O pemedebista Daniel do Floresta, o segundo vereador mais bem votado no último pleito, em uma gravação garante que seus colegas Paulo César (PMDB) e Donizete Domingos (PSC) foram beneficiados com uma “graninha” para rejeitarem o balancete do ex-prefeito Adib Elias (PMDB) relativo ao ano de 2007. Isso torna Adib, momentaneamente, inelegível e o impede de disputar eleições e ocupar cargos públicos por oito anos.
“Donizete ganhou casa […] Eu chuto mais de 500 (mil), acho que foi 700 (mil) (se refere ao valor que supostamente Paulo César ganhou para votar), o vereador que mais ganhou foi o Paulo César […]”, palavras de Daniel do Floresta sobre a suposta compra de votos, supostamente arquitetadas pelos pássaros de bico longo do governo municipal.
Enquanto o salário mínimo do brasileiro não passa dos míseros R$ 678,00, mesmo com projeção, ainda misera, para R$ 719,48 a partir de 2014; é justo o pedido de políticos querendo aumento de seus vencimentos, a corrupção descarada e ás vezes assumida, dinheiro na cueca e na meia, parlamentares rindo enquanto sobrevoam nossas cabeças com aviões da Força Aérea Brasileira (…)?
Considerando os salários da classe trabalhadora, aquela que levanta todas as manhãs para cumprir uma carga horária de oitos diários de trabalho, mal remunerada e sem perspectivas de crescimento pessoal e financeiro, Donizete e Paulo César estão bem na “fita” se confirmada a colocações de Daniel.
Para se ter uma ideia, um entregador de pizza que ganha em média um salário mínimo por mês, deverá trabalhar 86 anos para chegar aos R$ 700 mil reais pagos a Paulo César para, segundo Daniel, virar o rumo da maré e votar contra Adib. Considerando que a expectativa de vida do brasileiro não passa dos 75 anos, esse trabalhador, se não morrer ou ficar invalido por acidente no trânsito, nem assim “gozará” do uso de todo esse dinheiro.
Com base nisso, o professor que tem jornada de 40 horas semanais e piso salarial de R$ 1.576,74 em Goiás, poderá alcançar essa marca em aproximadamente 53 anos de serviço ao estado. O médico inicial em Goiás, que ganha R$ 2.500/mês, alcançará esse valor em 23 anos de trabalho.
Em respeito ao eleitor catalano e a política que deve ser honesta a cima de tudo, esse Blog abre espaço a Paulo César e Donizete para se pronunciarem diante das acusações de Daniel do Floresta.
Por: Gustavo Vieira
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