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Chuvas fortes causam transtornos no centro de Catalão

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A chuva do início da manhã de hoje voltou a causar transtornos à população e aos comerciantes de muitas ruas do centro de Catalão. Basta fechar o tempo para muitos lojistas sentirem medo de levar prejuízos e a insegurança ser reforçada constantemente. Pouco mais de meia hora de chuva intensa foi o suficiente para a Avenida Raulina Fonseca Pascoal, no Centro, virar um verdadeiro rio (foto).

Dessa vez a enxurrada produzida pela temporal não trouxe danos materiais a nenhum comerciante, mas o asfalto em vários pontos foi parcialmente destruído e calçadas foram danificadas.

De acordo com o site Clima Tempo o volume de chuva que caiu em Catalão foi de apenas 5 mm, o que não é considerado muito diante de estudos e avaliações meteorológicas.

Além dessa avenida, vários outros pontos sofrem com o mesmo problema na cidade. Diversos bolsões d´água se formam com o mínimo de chuva em trecho já conhecidos pela população, como na Rua Jucelino Gomes Pires, conhecida como a rua dos trilhos do trem de ferro, e uma pequena parte da Avenida 20 de Agosto (Centro) pelo escoamento da grande quantidade de água não sugada pelos bueiros.

É possível apontar um motivo exato para o caos em que a cidade se transforma a cada vez que chove, mesmo que o drama recorrente é resultado da soma de uma série de problemas. O lixo jogado de qualquer jeito e em qualquer lugar é um deles, mas o motivo principal dos alagamentos é a urbanização desenfreada.

Catalão fica numa região cheia de declives, com nascentes, córregos e rios. Antes das construções, com a chuva forte o rio que corta a cidade, o Pirapitinga, subia; mas a água tinha por onde se espalhar. Ela não inundava a avenida e era absorvida aos poucos pelo solo. Com a terra impermeabilizada pelo próprio asfalto e as edificações, a água corre por ruas e avenidas.

É do conhecimento do poder público municipal e de todos os moradores da cidade que Catalão não foi projetada e continua crescendo no mesmo ritmo. O planejamento, pelo menos na hora de se formar bairros, pode minimizar os prejuízos e dores de cabeça provocados pelos alagamentos.

O que é constantemente escondido pelos governos municipais e os veículos de comunicação não reportam, talvez por falta de conhecimento, é que esses problemas, na maioria esmagadora dos casos, não têm solução e sim ações que as amenizem. Ou seja, uma área que se alaga nos centros urbanos, sempre se alagará e com grandes chances de piora com os passar dos anos.

O necessário é que o conhecimento urbanístico seja empregado pelas prefeituras sem a “majestosa” influência do poderoso mercado imobiliário que, só galgando lucros em cima de lucros, acabam por levar de médio em longo prazo com suas construções os problemas vividos por cidades que crescem em ritmo acelerado, como é o caso Catalão.

 

Por: Gustavo Vieira

Blog do Mamede

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