No primeiro ato da caravana em Minas Gerais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou que não sente medo das delações e perseguições que vem sofrendo, mas que seu “único medo é mentir e trair o povo”. “Por isso vou lutar até o último dia da minha vida”, disse em Ipatinga, município localizado na região mineira do Vale do Aço.
O ato, que reuniu cerca de 4 mil pessoas na Praça dos Três Poderes, segundo a Polícia Militar, teve como temática a defesa pela soberania nacional. “Eles estão acabando com o país, com a Petrobras, com a possibilidade de termos uma indústria naval forte”, destacou. Ele disse ainda que já percorreu muitas vezes o território mineiro e que quer saber como vive o povo. “Quero saber quantos empregos a Usiminas está gerando, como estão os salários”, disse, referindo-se à empresa privatizada em 1991 e que tem demitido muitas pessoas na região.
A manifestação teve como temática a defesa pela soberania nacional. “Eles estão acabando com o país, com a Petrobras, com a possibilidade de termos uma indústria naval forte”, destacou. Ele disse ainda que já percorreu muitas vezes o território mineiro e que quer saber como vive o povo. “Quero saber quantos empregos a Usiminas está gerando, como estão os salários”, disse, referindo-se à empresa privatizada em 1991 e que tem demitido muitas pessoas na região.
Lula voltou a defender a anulação das medidas do governo golpista de Michel Temer (PMDB): “Temos que ter autorização do povo, fazer um referendo revogatório para mudar o que eles fizeram”, declarou o petista, que é pré-candidato à presidência pelo partido.
“Vou completar 72 anos dia 27 agora, mas estou com corpinho de 30 e tesão de 20. Estou me preparando para enfrentar essas eleições. Se eles não querem que eu ganhe, que vão pra urnas votar contra”, afirmou. “Eles não sabem o que é um pernambucano com a energia de um mineiro”, disse, arrancando risadas e aplausos do público.
O primeiro dia de caravana em Ipatinga reuniu cerca de 4 mil pessoas na Praça dos Três Poderes, segundo a Polícia Militar. Militantes e apoiadores do PT vieram de diferentes localidades do estado, como é o caso do trabalhador rural Paulo Carmelito da Silva, de 60 anos.
Paulo participou dos programas Luz Para Todos e Minha Casa Minha Vida. Para participar da caravana, ele viajou 200 km de Santa Margarida a Ipatinga. “Lula é o pai da pobreza, tirou 40 milhões da pobreza. A gente dá apoio porque ele foi um cara que veio de baixo e a gente também é trabalhador rural, então agradece muito.”
Felipe Gonçalves, trabalhador dos Correios em Ipatinga, criticou as tentativas de privatização das empresas públicas no governo Temer. “Se depender de Temer, eles vão privatizar até o povo brasileiro. Se os Correios estão com problema, vamos aperfeiçoar, mas vender jamais. Mas governo golpista é assim mesmo. Ao invés de melhorar eles vendem, e vendem barato, como foi o caso da Usiminas”, comparou.
Renata Rodrigues, mãe de cinco filhos, levou três deles ao ato, para que “as crianças conheçam quem inventou o Bolsa Família, que é a forma de a gente comprar o leite e o pão”.
A ex-presidenta Dilma Rousseff compareceu ao ato ao lado de Lula, assim como o governador Fernando Pimentel, também do PT, além de deputados, vereadores e sindicalistas. Dilma reforçou que o golpe dado contra seu mandato, em 2016, foi para implementar o programa derrotado nas urnas quatro vezes.