As críticas de Joaquim Barbosa aos colegas Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia, que assumiram a presidência do Supremo Tribunal Federal na sua ausência, contribuíram para aumentar o clima de animosidade na Corte.
Barbosa criticou os colegas por não assinarem o mandado de prisão do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado na Ação Penal 470. Em viagem a Paris, ele reclamou de “quase um mês de liberdade a mais” concedido a Cunha.
“Qual é a consequência concreta disso? A pessoa condenada ganhou quase um mês de liberdade a mais. Eu, se estivesse como substituto, jamais hesitaria em tomar essa decisão”, criticou Barbosa. Antes de viajar, Barbosa expediu o mandado de prisão do petista, mas não assinou o documento e saiu de férias.
Segundo o Painel, da Folha de S. Paulo, ministros dizem que se ele interrompeu passeio em Paris para dar palestras, poderia terminar o que deixou em aberto. Barbosa teve 11 diárias das férias financiadas pela Corte sob a alegação de “interesse público” (leia aqui). Outro colega disse “estranhar” a preocupação com Cunha. “Ele se cala sobre o também condenado Roberto Jefferson, que continua livre, leve e solto.”
Brasil 247
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