De acordo com Carnelós, a denúncia foi armada e é baseada em provas forjadas. “Trata-se de uma peça absolutamente armada, baseada em provas forjadas, com o objetivo claro de depor o presidente da República, constituindo, portanto, uma tentativa de golpe”, disse.
Mais cedo, as defesas dos ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral, também foram entregues. Ambos foram acusados dos mesmos crimes de Temer e são alvo da mesma denúncia.
Com isso, agora, a CCJ tem até cinco sessões de Plenário para emitir e votar o parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que pode indicar a continuidade da investigação pelo Supremo Tribunal Federal ou a rejeição da denúncia.
O relatório será encaminhado ao Plenário, onde a decisão final será tomada. Para que as acusações tenham andamento no STF, é necessário o apoio de ao menos 342 dos 513 deputados.
Se os deputados votarem pelo prosseguimento da denúncia, o STF fica autorizado a instaurar o processo, onde os 11ministros do STF votam para decidir se o presidente Michel Temer vira réu. Nesse caso, ele é afastado do cargo por 180 dias.
Temer, no entanto, só perde o cargo definitivamente se for condenado pelo Supremo. Se isso acontecer, o presidente da Câmara assume o cargo e convoca eleições indiretas em um mês. Segundo a Constituição, o novo presidente da República seria escolhido pelo voto de deputados e senadores.
Já no caso da rejeição da denúncia pela Câmara, o Supremo fica impedido de dar andamento à ação, que seria suspensa e o processo retomado após o fim do mandato do presidente.
Do Portal Vermelho
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