Por Christiane Peres
Agora, Temer terá o prazo de dez sessões do Plenário da Câmara para apresentar sua defesa à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Casa.
Ao deixar o Planalto, Giacobo, que na primeira denúncia votou pela rejeição da acusação de corrupção passiva, disse estar “triste com o momento pelo qual passa o país”. “Estou aqui cumprindo meu papel institucional, mas, como cidadão brasileiro, estou triste pelo momento em que o Brasil passa, com todo esse mar de corrupção”, disse.
Na CCJ, o presidente do colegiado, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), deve indicar o relator da denúncia. A expectativa de deputados da Oposição é que seja um nome independente. Esta semana, o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) manifestou interesse em relatar o caso. “Já coloquei meu nome à disposição do presidente, pois acredito que reúno as condições necessárias para encaminhar a matéria”, disse.
Na opinião do deputado Rubens Pereira Jr (PCdoB-MA), a tramitação na CCJ deve ser idêntica à primeira denúncia, com resultados artificializados. “Os líderes da base do governo já começaram a substituir os membros que votaram contra Temer na primeira denúncia. Isso faz com que o resultado não seja real. Será necessário, assim, aguardar o posicionamento soberano no Plenário da Casa.”
Independentemente do resultado da CCJ, o que vale é a votação do Plenário. Lá, para autorizar a investigação pelo Supremo Tribunal Federal, serão necessários, no mínimo, 342 votos dos 513 deputados.
De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a votação deve acontecer ainda em outubro.
PCdoB na Câmara
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