Em fevereiro deste ano, nove meses depois da divulgação do áudio que escancarou a trama do golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, o ministro Luiz Edson Fachin determinou a abertura de inquérito para investigar o caso, atendendo a um pedido do Janot, que acusava Jucá e outros de tentar obstruir a Lava Jato.
No pedido de investigação ao Supremo, Janot disse que as informações reveladas pelas gravações demonstram existir fundamentos para investigar. O procurador-geral chegou a classificar o conteúdo como “chocante”.
“É chocante, nesse sentido, ouvir o senador Romero Jucá admitir, a certa altura, que é crucial ‘cortar as asas’ da Justiça e do Ministério Público, aduzindo que a solução para isso seria a Assembleia Constituinte que ele e seu grupo político estão planejando para 2018”, disse Janot no seu pedido.
Na consersa gravada, Jucá disse: “Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria”. O senador defendia a construção de um pacto nacional “com o Supremo, com tudo”, já que nas investigações começavam a aparecer nomes da cúpula do PMDB e PSDB. Machado concorda: “Aí parava tudo”.
Agora, sete meses depois, o mesmo procurador pede o arquivamento do inquérito aberto após a delação premiada de Sergio Machado, afirmando que as conversas, antes consideradas chocantes, apenas revela um plano para “embaraçar” as investigações sobre a corrupção na Petrobras, que não pode ser considerada crime por se tratar de uma “eventual intenção”.
Segundo Janot, a divulgação da gravação trouxe à tona “toda estratégia então planejada” obstrução da Justiça. “Certamente, se não fosse a revelação, os investigados tentariam levar adiante seu plano”, diz o procurador-geral.
Portal Vermelho
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