No retrospecto do ano de 2013 o mais interessante, expressivo, inusitado, confuso e até bizarro acontecimento, diante das circunstâncias, e os munícipes hão de concordar, foi à transição relâmpago do chefe do poder municipal de Catalão, logo no final de dezembro.
De repente os catalanos foram pegos de surpresa com milhares fogos de artifícios e viram o presidente da Câmara dos Vereadores de Catalão, Deusmar Barbosa (PMDB), ser nomeado prefeito interino da cidade com a cassação do diploma do atual prefeito, Jardel Sebba (PSDB).
Em outro momento, aproximadamente 24 horas depois, o chefe dos tucanos no município volta ao “trono” e carregado pelos populares, simpatizantes, é claro, festeja o momento com requintes de glória. Deusmar, diga-se de passagem, também relembrou como é ser carregado nos braços e pôde se sentir o mayor*, mesmo que num estalar de dedos. Acontecimento esse que foi ofuscado quando no dia posterior, 20 de dezembro, Jardel retomou o posto o qual foi indicado pelos votos populares.
Reocupando o cargo de chefe do gabinete municipal Jardel disse ter se deparado com uma situação escabrosa. Saque de alimentos, roubo de equipamentos eletrônicos, troca de pneus de veículos do serviço municipal e sumiço de documentos foram os principais problemas encontrados nas secretárias da Prefeitura. Um prejuízo de mais de R$ 200 mil reais.
Em resposta Deusmar disse desconhecer tais acusações, mas que “os alimentos foram entregues à população (beneficiários de programas sociais) porque eu era prefeito, e não vejo problema nisso”, explicou o agora presidente da Câmara.
O peemedebista exonerou, na ocasião, todos os servidores comissionados e isso serviu para os “jardelistas”, inclusive Jardel, apontar que muitos serviços em várias repartições do município foram prejudicados.
De acordo com informações da parte jurídica do Executivo Municipal, o resultado de toda a desordem será reparado na justiça e os responsáveis podem ser devidamente cobrados por isso.
O resultado disso tudo é que os peemedebistas sustentam que é só questão de tempo para que Jardel deixe definitivamente a Prefeitura. Nos bastidores da política o que se comenta é que as coisas devem tomar o mesmo rumo em relação à Deusmar e, sabendo disso, mais edis podem seguir igual direção arrastados por ele, isso, ele mesmo vem dizendo.
Se só isso [e nem 1% da novela foi contado aqui] não bastasse para colocar ainda mais lenha na fogueira entre PMDB e PSDB em Catalão, esperem só as eleições para governador e deputado no Estado nesse ano.
Como diria um conhecidíssimo e brega apresentador de TV, “a cobra vai fumar” e isso tudo será melhor para quem tem “café no bule”.
Por: Gustavo Vieira/*mayor – prefeito em inglês
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