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Dívida pública deverá ultrapassar 80%, superando recorde da era FHC

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Por Gustavo Castañon*

FHC pegou o Brasil com uma dívida pública de 34% do PIB. Doou metade do patrimônio público sob a alcunha de “privatização”. Duplicou a dívida externa. Quebrou o país três vezes, precisando recorrer ao FMI. Entregou o país a Lula sem reservas e devendo 76% do PIB. Já a dívida líquida, que leva em conta os créditos (e não só os débitos) do governo e ele recebeu em 29,5%, deixou em 60,4% do PIB.

A imprensa diz que ele modernizou a economia.

O PT pegou o Brasil com a dívida pública em 76% do PIB, recapitalizou a Petrobras, a transformando na segunda maior petrolífera do mundo, não privatizou nada, “pagou” a dívida externa (sim, transformando-a em interna), e entregou, no último ano do primeiro mandato de Dilma, a dívida pública em 63% do PIB. Já o resultado mais importante sobre o endividamento do país, a dívida líquida, diminuiu a 34,9% do PIB.

A imprensa diz que a gastança do PT quebrou o país.

O deficit público de 2014 que motivou o desastre Levy e os jornais falando de “quebra” do país foi de somente R$ 17 bilhões. Diminuir 0,5% os juros teria resolvido. O deficit dos golpistas só em fevereiro de 2017 foi de R$ 26 bilhões.

A imprensa diz que Temer está consertando a economia.

Mesmo que você considere o último ano de mandato de Dilma, ainda assim o PT teria entregue a economia menos endividada do que recebeu do deus criado pela imprensa nacional, FHC. No final de 2015 a dívida estava em 73%.

Só que 2015 foi o ano de Cunha e Aécio vandalizando o país, em que o único ato de governo de Dilma foi nomear Levy para executar o programa que a oposição defendeu e a imprensa e a banca exigiam. Ela não governou e teve que enfrentar um Congresso golpista criando despesas e proibindo aumentar receitas, destruindo as expectativas da economia de um lado enquanto a Lava Jato, de outro, só neste ano, afundava sozinha 2,5% do PIB.

Depois de um ano de governo Temer fazendo tudo o que a mídia e a banca mandam, a dívida já passou, mesmo com a repatriação, os 76% de FHC (alcançados no final de 2016) e atingirá 81% este ano, no mínimo.

Temer é o maior desastre da história do Brasil, exatamente porque sua escola econômica é a Globo News.

Ninguém pode negar que esse desastre, no nível em que foi, começou em 2015 com o receituário suicida de austeridade combinado com os maiores juros do mundo de Levy, as pautas bombas do Congresso e a destruição da indústria nacional causada pela Lava Jato.

Só completos ignorantes podem achar que foi a “roubalheira” em obras que quebrou o país, com um governo que não investe nem 4% do PIB.

A única roubalheira que quebra esse país há 22 anos são as taxas de juros mais altas do mundo.

*Gustavo Castañon é professor da Universidade Federal de Juiz de Fora

 Fonte: Tijolaço

 

Blog do Mamede

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