A conclusão resulta de um estudo internacional que envolveu cerca de 1,7 milhões de pessoas, divulgado em 1º de fevereiro pela revista científica The Lancet.
Na equipe que realizou o trabalho incluem-se três dezenas de especialistas oriundos de reputadas instituições como a Universidade de Columbia, o King’s College de Londres, a Escola de Saúde Pública de Harvard e o Imperial College de Londres.
Os resultados são peremptórios: “o baixo nível econômico é um dos indicadores mais forte da morbilidade e da mortalidade prematura em todo o mundo”.
Os autores criticam as “estratégias de saúde global”, numa referência à Organização Mundial de Saúde, por não considerarem “as circunstâncias socioeconômicas de pobreza como fatores de risco modificáveis”.
Na entanto, as evidências científicas mostram que a pobreza reduz a esperança de vida em 2,1 anos, mais do que o consumo excessivo de álcool (0,5 anos), a obesidade (0,7 anos), a hipertensão (1,6 anos) e quase tanto como o sedentarismo (2,4 anos). Segue-se a diabetes (3,9 anos) e o consumo de tabaco que encurta a vida em 4,8 anos.
Mas do mesmo modo que são promovidas campanhas para reduzir consumos e práticas de risco para a saúde, os autores do estudo consideram que também a pobreza deve ser incluída como um “fator de risco modificável nas estratégias de saúde local e global”.
Como frisa a revista num comentário ao estudo: “As evidências mostram que a desigualdade mata”.
Fonte: Jornal Avante!
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