O que não nos exime de levar em conta considerações críticas que inundam as redes sociais e publicações respeitáveis.
Em matéria publicada hoje, o site Justificando enumera dez razões que tornam no mínimo inconveniente a escolha.
Dentre elas, a própria compreensão do escolhido, expressa em tese de doutorado na USP, onde escreveu que deve ser vedado para o cargo de ministro do STF “o acesso daqueles que estiverem no exercício ou tiveram exercido cargo de confiança no Poder Executivo, mandatos eletivos, ou o cargo de procurador-geral da República, durante o mandato do presidente da República em exercício no momento da escolha, de maneira a evitar-se demonstração de gratidão política ou compromissos que comprometam a independência de nossa Corte Constitucional”.
Quer dizer, isso era antes; agora, em que o beneficiário da escolha é o próprio, já não vale mais…
Demais, cabe destacar o comportamento do ministro indicado na atual crise dos presídios, inepto e inconsequente – pelos atos praticados e pelos argumentos em defesa de sua conduta deplorável.
E ao tomar decisões que pretendeu aptas a enfrentar o problema em suas raízes (sic), alinhavou um Plano Nacional de Segurança cuja fragilidade e inconsequência se fizeram alvo de críticas generalizadas, oriundas dos mais diversos segmentos da sociedade.
Nessa linha, o futuro novo ministro do STF coleciona posições muito próximas do ideário fascista e comportamento repressivo muito distante da preservação e defesa dos Direitos Humanos, quando secretário de Segurança Pública de São Paulo.
E se quando de indicações anteriores, nos governos Lula e Dilma, as oposições de então e a grande mídia se dedicaram a verdadeiro trabalho de minuciosa inspeção em busca de digitais dos indicados que pudessem revelar alguma simpatia, por mais tênue ou distante que fosse, em relação ao PT e às esquerdas, agora a sua condição explícita de militante tucano não deixa dúvidas.
Nem por isso se tem questionado. Dois pesos e duas medidas, pois a conjuntura é outra e sob o governo Temer tudo parece ser permitido.
O fato é que este se revela mais um episódio a contabilizar no quadro atual de esgarçamento das instituições da República, em que o interesse público e o zelo para com o Estado de Direito cedem lugar para a mais drástica regressão conceitual e de direitos e conquistas recentemente celebradas pela sociedade brasileira.
Pobre República nossa, que agoniza à espera de um novo surto de luta democrática capaz de recolocar o Brasil no trilho do Direito e da busca da Soberania e da Justiça Social.
Luciano Siqueira é médico, membro do Comitê Central do PCdoB e vice-prefeito de Recife.
Fonte: Blog da Folha
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