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Aprovação da PEC 55 é marcada por repressão em Brasília

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Num esquema de segurança rigoroso, a Polícia Militar do Distrito Federal bloqueou, nesta terça-feira (13) toda a área da Esplanada dos Ministérios. Os policiais também exigiram dos manifestantes vistoria em todos os seus instrumentos e bolsas e proibiram desde paus de bandeiras a produtos como vinagre, bolas de gude e máscaras, entre outros, com a justificativa de que o objetivo da ação é fazer com que os atos públicos programados aconteçam de forma pacífica. Mesmo assim, não conseguiram impedir a ida das pessoas ao local, que prometem ficar até a noite, portando faixas e cartazes contra o governo Temer.

“Acham que vão nos intimidar, depois do que aconteceu no último dia 29, mas estamos aqui para dizer o que pensamos, protestar contra esse governo formado por envolvidos na Lava Jato e reivindicar nosso direito de livre expressão”, disse o estudante de arquitetura Tiago Ornellas, integrante da União Nacional dos Estudantes (UNE). Ele se referiu às manifestações realizadas durante a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 em primeiro turno no Senado, duas semanas atrás – que foram marcadas por repressão policial, com bombas de efeito moral e spray de pimenta usados contra a população.


Mais de cinco mil manifestantes, em sua maior parte estudantes, professores, sindicalistas e funcionários públicos, que estão realizando atos em todo o país, protestam contra o governo Michel Temer, contra a PEC 55, que congela os gastos públicos – aprovada no início da tarde pelo Senado Federal –, a reforma da Previdência e a reforma do ensino médio.
Muitos deles também portam faixas onde está inscrito “Diretas Já”, como forma de pressionar os parlamentares pela votação de proposta que trata do tema, no Congresso.

Detenções


Informações da secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal são de que em meio às abordagens e revistas realizadas em todos que entraram na Esplanada, foram feitas três detenções, por conta do porte de alguns instrumentos tidos como mais violentos, mas essas pessoas foram conduzidas à delegacia e liberadas logo em seguida.

“Sabemos dos danos dessa PEC e que os estragos vêm por aí, mas não podemos perder a esperança, porque temos consciência do nosso poder de luta. Os movimentos estão articulados e temos de fazer isso mesmo, vir para a rua mostrar nossa indignação. Queremos a saída de Temer e a convocação de eleições diretas no país”, afirmou a professora Edilza Rocha.

Portal Vermelho
Blog do Mamede

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