Segundo a PF, Sofia afixou uma espécie de cartão com chip na altura do peito. O equipamento recebia ligações telefônicas e, por meio de um transmissor, enviava o áudio para o ponto, que era do tamanho de uma bateria de relógio e só podia ser colocado ou retirado do ouvido com pinça. Um integrante da quadrilha detida pela PF lia o gabarito para a candidata.
O transmissor também possibilitava que o criminoso ouvisse Sofia, que foi orientada a tossir para confirmar a compreensão das informações repassadas. Segundo a PF, a estudante teria pago entre R$ 150 mil e R$ 180 mil para a quadrilha.
“Pela primeira vez constatamos o retorno de áudio por parte do candidato. A maneira que ele usava para demonstrar ao interlocutor que compreendia ou não o gabarito era por intermédio de tosse. Se tossia uma vez ele havia compreendido, se tossia duas vezes, o interlocutor repetia o gabarito”, disse o delegado Marcelo Freitas.
Escutas autorizadas pela Justiça mostram que antes do exame era feito um teste para verificar se o candidato conseguia escutar a voz de quem iria repassar as respostas para ele. Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos vários equipamentos usados na fraude.
Confira no diálogo abaixo:
– Sofia: [tosse duas vezes, indicando que estava escutando o bandido]
– Jonathan: Correto. Eu vou falar cinco palavras: casa, carro, tatu, prédio e cachorro. Entendeu? Dá uma tossida.
– Sofia: [tosse uma vez, indicando que entendeu a mensagem repassada por Jonathan]
– Jonathan: Pronto. Ok.
Fonte: Brasil 247
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