Apesar do sol forte, que se opôs à chuva incansável de quarta (10) durante o tributo no Estádio Soccer City, o dia estava bonito e o cansaço não encobria o entusiasmo de cada um.
“A espera vale a pena porque vamos dar nosso último adeus a Tata”, disseram vários sul-africanos à Agência Brasil, carregando consigo adereços com a imagem de Mandela e chamando o ex-presidente por um de seus apelidos carinhosos. A despedida foi no Union Buildings, o palácio do governo da África do Sul.
A fila, que dobrou quarteirões, foi formada para, primeiramente, as pessoas entrarem nos ônibus que as levaria até o alto do terreno do Union Buildings. No local, outra fila para chegar até o caixão, que fechado, tornava difícil a visão do corpo de Mandela, apesar da superfície superior ser de vidro. Fotografias eram proibidas.
Para registrar o momento, sul-africanos e alguns turistas aproveitaram para tirar fotos nos jardins do Union Buildings, normalmente fechados à população. Além da vista, um pequeno local serviu para os filhos de Mandela, como muita gente na África do Sul se autodenomina, depositarem flores, fotos e outros objetos para marcar sua presença na despedida do primeiro presidente negro da África do Sul e ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993.
O velório, cujo término estava previsto para as 17 horas, teve de ser estendido. Uma forte chuva caiu para fechar o primeiro de três dias do funeral de Estado no palácio. O corpo de Mandela será sepultado domingo (15), em Qunu, cidade onde ele nasceu, a quase 1 mil quilômetros de Tshwane (nome sul-africano de Pretória). Nos próximos dois dias, mais filas virão cumprir o objetivo de dar o último adeus a Tata Mandela.
Portal Vermelho
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