A Globo, mais do que nunca, está no poder. E cobra de seu presidente, Michel Temer, que adote as medidas prometidas.
As duas principais reformas exigidas pela família Marinho, na primeira página do Globo, são a previdenciária, que pode ampliar para 70 anos a idade mínima de aposentadoria, e a trabalhista, que flexibiliza os direitos dos trabalhadores e permite que patrões contratem empregados sem as garantias da CLT.
A Globo também cobra de seu presidente que busque a paz na relação com PSDB e DEM, o que significa adotar uma agenda mais liberal na economia. Outra demanda, talvez utópica, é que Temer não interfira no caso Eduardo Cunha – até porque a interferência vem sendo conduzida por seu aliado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, que parece estar disposto a fazer de tudo para que Cunha não seja cassado.
Um dia depois do impeachment, o Estado de S. Paulo, que também apoiou a deposição da presidente Dilma Rousseff, diz que é chegada a hora das “medidas amargas” na economia. Ou seja: o Brasil, cujo PIB caiu 0,6% no trimestre, pode ser preparar para tempos de mais arrocho e recessão, se Temer de fato seguir os conselhos de seus principais apoiadores.
Brasil 247
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