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Promessa de Marconi Perillo em cortar os pontos dos Policiais Civis em greve foi cumprida

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Mesmo com a ameaça de corte nos salários Policiais Civis e escrivães do estado de Goiás mantêm a greve que começou no dia 17 de setembro e que alcança hoje 72 dias. No dia 18 eles ocuparam parte da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), em Goiânia, onde montaram suas tendas em ato de protesto.

A ação conta com servidores não só da capital, mas também do interior do estado que em greve realizam somente 30% do estabelecido por lei em casos dessa natureza. Em escalas de revezamento eles permanecem acampados na sede do poder legislativo do estado.

Entre os manifestantes em tempo integral está o agente Anderson André da Silveira, de 41 anos, que trabalha há 16 anos em Catalão. Ele está na Alego desde o dia 18 desse mês, quando a ocupação começou, e contou a um veículo de imprensa da capital que só sai para tomar banho “na casa dos amigos”. O policial dorme em uma barraca montada em uma das laterais do plenário e faz todas as refeições dentro do salão. “O sindicato fornece marmitex. Mas é dinheiro nosso, porque a gente contribui pagando mensalidade”, disse na entrevista.

O governador Marconi Perillo (PSDB) ameaçou semanas antes cortar os pontos dos policiais, caso eles não aceitassem as propostas oferecidas na tentativa de por fim ao impasse, mas os mesmos viram que as ofertas não vão de encontro às suas expectativas.

Dentre várias promessas não cumpridas pelo governo, essa, em especial, foi concretizada. A categoria teve acesso ontem ao pagamento do salário referente ao mês de novembro e foi realmente constatado o corte de pontos, que em alguns casos chegou a 21 dias descontados.

O que agrava ainda mais a situação é que muitos agentes, alegam eles, não abandonaram os postos de trabalho e mesmo assim tiveram seus vencimentos reduzidos. De acordo com a parte jurídica do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol-GO), o desconto nos salários não poderia ser feito porque os grevistas mantiveram 30% do efetivo nas delegacias, conforme determina a lei.

A escrivã Rita de Cássia Ulrich, que atende no 2º DP de Catalão, afirmou a nossa reportagem que essa situação já era esperada. “Vi um contracheque aqui de pouco mais de R$ 50 reais. É uma situação que deixa a greve ainda mais complicada porque não pensamos em arredar o pé diante disso”. Perguntado se ela concorda que quem mais perde com isso é a população Rita disse que sim, mas observou que o governo é quem tem que se atentar a essa questão.

Mesmo com a determinação do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) do dia 21, que obriga os policiais retomar as atividades imediatamente e aplica multa de diária de R$ 10 mil pelo descumprimento da ordem, o presidente da União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci), Ademar Luiz de Oliveira, disse que a greve será mantida até que o governo sinalize com a possibilidade de negociação do aumento do piso salarial.

Enquanto isso os agentes permanecem de braços cruzados e com efetivo reduzido, atendendo apenas ocorrências de flagrantes e crimes hediondos, homicídio e latrocínio.

 

Por: Gustavo Vieira

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