Laudo do Instituto Médico Legal (IML) do Distrito Federal, divulgado na tarde desta quarta (20), indica que José Genoíno tem uma doença grave, crônica, e precisa de cuidados médicos específicos, inclusive cardiológicos, e também de medicamentos.
Genoino saiu da Penitenciária da Papuda, ontem à tarde, para realizar exames no IML. No entanto, o Supremo Tribunal Federal ainda não julgou o pedido feito pela defesa para que o parlamentar fique em prisão domiciliar devido ao seu quadro de saúde.
Leia abaixo trecho da entrevista:
Eu sou presidenta da República e queria te dizer que eu tenho, como presidenta, ter e cumprir alguns requisitos. Um deles é o absoluto respeito à Constituição. Para você ter uma ideia, o artigo 2º da Constituição diz que são poderes, sei assim praticamente de cor, são poderes da União e independentes e harmônicos entre si o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Quer dizer que somos independentes uns dos outros, mas somos harmônicos.
Eu não me permito como presidenta fazer qualquer observação, análise ou avaliação sobre atos do poder Judiciário, em especial, aí no caso, eu estou me referindo a decisões do STF. Isso não significa que eu não tenha minhas convicções, eu as tenho. No entanto, enquanto eu for presidenta, minha condução vai ser essa. Eu não faço observações, críticas ou análises a respeito de sentenças da Suprema Corte do meu país, e acho que esse é um procedimento exigido dos presidentes dos poderes, não é só de mim, é dos presidentes dos poderes no sentido de respeito ao outro poder e de convivência harmônica, pois caso contrário eu estaria desrespeitando a Constituição.
Isso não me impede de fazer considerações sobre aspectos humanitários. Eu manifestei de fato uma grande preocupação humanitária em relação à saúde do deputado federal José Genoino. Fiz porque sei as condições de saúde dele, ele teve uma doença extremamente grave do coração, e sei que ele toma anticoagulante, e ao mesmo tempo é importante que eu te diga que tenho uma relação pessoal com a família do Genoino, eu estive encarcerada com a mulher do Genoíno, que se chama Rioko, durante o período da ditadura militar. Portanto, manifestei a minha preopcuação com a saúde dele em caráter estritamente pessoal.
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