Diferentemente da presidenta Dilma, que foi injustamente afastada de seu mandato, o gabinete ministerial dos sem voto, comandado por Michel Temer (PMDB), além de ilegítimo é marcado personalidades investigadas ou citadas em esquema de corrupção.
A lista é encabeçada pelo próprio Temer que assume o cargo com a ficha-suja no Tribunal Eleitoral Regional (TRE) de São Paulo. Ele foi condenado por conta de doações ilegais que somam R$ 100 mil, feitas a candidatos a deputado federal pelo PMDB do Rio Grande do Sul.
Além disso, Temer está entre os citados por suspeita de ligações ilícitas em pelo menos quatro investigações baseadas em delações premiadas da Operação Lava Jato.
Junto com o usurpador outros sete nomes, dos 21 ministros que integraram o gabinete dos sem voto, estão entre os citados ou investigados na Operação Lava Jato.
Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que assume a Secretaria de Governo, é um dos alvos da Procuradoria-Geral da República por suspeita de ter negociado propina com a empreiteira OAS.
Romero Jucá, também do PMDB, está envolvido nas investigações da Lava Jato e da Operação Zelotes. Uma das investigações trata de suposta propina em contrato da usina Angra 3.
Outro nome do PMDB é Henrique Eduardo Alves, que volta à pasta do Turismo que ocupou até o rompimento da legenda com o governo Dilma. Seu apartamento chegou a ser alvo de ação da Polícia Federal que realizou busca e apreensão para apurar fatos da Lava Jato.
Vale lembrar que ao assumir os ministérios, Henrique Alves e Geddel Vieira Lima passam a ter o chamado “foro privilegiado” e só podem ser investigados perante Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar disso, a oposição tucana não entrou com ação no STF para tentar impedir a nomeação, como fizeram com o ex-presidente Lula. Aliás, o PSDB reafirma o caráter golpista do impeachment ao compor o gabinete ministerial de Temer com três nomes. Um deles é o senador José Serra (PSDB-SP), que assume o Ministério das Relações Exteriores. Além das investigações do trensalão de São Paulo, que andam a passos lentos, Serra também é alvo de investigação do Supremo por improbidade administrativa e crime de responsabilidade quando era prefeito de São Paulo.
Outro investigado na mesma ação do STF é Gilberto Kassab (PSD-SP), que saiu do Ministério das Cidades, no governo Dilma, para assumir a pasta da Ciência, Tecnologia e Comunicações.
O também tucano Bruno Araújo vai ocupar o Ministério das Cidades. Ele foi citado em uma lista de doações feitas pela empreiteira Odebrecht, apreendida em uma das fases da Lava Jato. O aliado de Aécio Neves teria recebido R$ 300 mil da empreiteira para a sua campanha de 2010.
Na mesma situação está Ricardo Barros (PP), que assume o Ministério da Saúde. Ele aparece na lista do esquema da Odebrecht.
Alexandre de Moraes, que até então ocupava a Secretária de Segurança Pública do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), vai ocupar o Ministério da Justiça. Conhecido pela atuação desastrosa de insegurança pública, Moraes foi advogado de Eduardo Cunha e atuou em 123 ações da Transcooper, uma das apontadas em formação de quadrilha e lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Mas não é só isso. Eliseu Padilha (PMDB) que ocupará a Casa Civil, foi réu no escândalo dos Precatórios, acusado de prejuízo aos cofres públicos, por acordo celebrado entre o extinto DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) e a empresa 3 Irmãos.
Como afirmou a presidenta Dilma, trata-se de um governo que não tem legitimidade e que será “a grande razão para a continuidade da crise política em nosso país”.
Portal Vermelho
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