A sessão da Câmara Municipal de Catalão desta terça-feira (03), a 16ª do ano, só não foi encerrada antes do tempo porque a situação, maioria, deu prosseguimento à reunião.
Após troca de insultos e de tumulto entre as bancadas, e o pedido do presidente Juarez Rodovalho (PP) que a Polícia Militar retirasse um espectador do auditório, o que foi feito, os sete vereadores da oposição, em protesto, diziam, também saíram do plenário. “Vão, vão embora mesmo. Vocês são iguais a esse que está saindo com a polícia”, disse Juarez enquanto seus colegas deixavam a sessão.
O líder do PMDB na Casa, Jurandir Antônio, apontou o próprio presidente como o pivô da desordem. O edil pediu mais sabedoria da mesa diretora na condução dos serviços legislativos. “Tudo isso porque, não se sabe o motivo, o presidente pediu que fosse feito a leitura de uma ata que continha apenas as palavras do vereador Deusmar Barbosa (PMDB), relativo a uma sessão recente. Aí, nós, da oposição, não aceitamos e pedimos que se fosse para ler, que era para ler também a de todos. Eles, que são maioria, colocaram isso em votação, aprovaram como bem queriam e, indignado, Deusmar foi aos gritos reclamar da tirania do presidente e foi a partir daí que tudo aconteceu”, explicou.
Já a versão de Juarez coloca Deusmar como o protagonista de toda a desordem. Ele pediu que o peemedebista não faça da Câmara a casa da mãe Joana. “Deusmar é assim. Quando ele não concorda com alguma coisa, ele berra, bate na mesa, grita o quanto pode, joga o público contra a mesa diretora… Eu tive que pedir a polícia para retirar um engraçadinho que estava atrapalhando a sessão, aí eles (oposição) se revoltaram e saíram também”.
Mostrando muita revolta com o ocorrido, Juarez transmitiu também estar por um triz com Deusmar. “Ele gosta de falar baboseira demais, de ameaçar, de dizer que vai acabar com essa Casa. Pois então acaba vereador, quero ver como vai fazer isso. Faça isso então se tem esse poder todo.”
Composta por dez vereadores, o grupo governista, que permaneceu na sessão, votou dois projetos de lei apenas. Nenhum dissabor a mais foi visto até o fim da sessão.
Por: Gustavo Vieira
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