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The Economist: PMDB está comprometido com a corrupção

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Pela segunda vez, a revista britânica “The Economist” questionou a legitimidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Desta vez, o assunto foi capa da edição impressa, que vai às bancas no dia 23 de abril: “Brasil: a grande traição”, diz o título da chamada.

A tentativa de derrubar o governo é abordado em um artigo que lamenta que os que trabalham para afastá-la do cargo “são, em muitos aspectos, piores”. O texto cita o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como exemplo, destacando o envolvimento da oposição em corrupção. “O PMDB também está perdidamente comprometido com a corrupção. Um dos seus líderes é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que presidiu o espetáculo do impeachment de seis horas no domingo. Ele é acusado pelo Tribunal Superior Federal de aceitar suborno da Petrobras”.

Diz, ainda, que “no curto prazo, o impeachment não vai resolver isso [os problemas do país]“. “The Economist” é uma revista de viés conservador, que já fez inúmeras críticas à gestão petista. Após as sessões da Câmara para discutir o processo, a revista questionou sua legitimidade.

O artigo começa lamentando que o Congresso Nacional tenha testemunhado cenas bizarras nos tempos atuais. De acordo a revista, a acusação de pedaladas fiscais que embasa o pedido de impeachment parece “tão pequena que apenas um punhado de deputados se preocupou em mencionar isso em seus dez segundos” na votação da sessão que selou a abertura d processo. Ainda segundo a revista, se Dilma cair por questões técnicas “o senhor Temer vai lutar para ser visto como um presidente legítimo pela grande maioria dos brasileiros que ainda apoiam a senhora Rousseff”.

Segundo a publicação, a culpa pela situação não é de Dilma, mas de toda a classe politica brasileira. “O fracasso não foi feito apenas pela senhora Rousseff. Toda a classe política tem levado o país para baixo através de uma combinação de negligência e corrupção. Os líderes do Brasil não ganharão o respeito de volta de seus cidadãos ou superarão os problemas econômicos a não ser que haja uma limpeza completa”.

O texto defende que a melhor maneira de evitar problemas futuros e seria realização de eleições gerais – não somente para o Executivo, mas para renovar o Legislativo. “Os eleitores também merecem uma chance de se livrar de todo o Congresso infestado de corrupção. Apenas novos líderes e novos legisladores podem realizar as reformas fundamentais que o Brasil necessita”, afirma.

A publicação destaca, porém, que esta solução é difícil de ser viabilizada. “Assim, há uma boa chance de que o Brasil ser condenado à confusão sob a atual geração de políticos desacreditados. Os eleitores não devem se esquecer deste momento porque, no fim, eles terão a chance de ir às urnas – e devem usá-la para votar em algo melhor”.

 Fonte: Agência PT de Notícias

 

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