Por Christiane Peres
Com quase 10 horas de debate, a comissão especial do impeachment aprovou nesta segunda-feira (11), por 38 votos a favor e 27 contra, o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que recomenda o afastamento da presidenta Dilma Rousseff. Agora, o parecer será analisado pelo plenário da Câmara, onde será preciso 342 votos favoráveis para o pedido seguir para o Senado.
Para os comunistas, no Plenário, a vitória “golpista” não passará. Para a deputada Jandira Feghali (RJ), a oposição não alcançará os dois terços necessários para que o processo contra Dilma tenha seguimento. “A comissão foi um primeiro passo, mas é o plenário que decide. Lá, nós derrubaremos o golpe em curso no país. O Brasil acordou e não queremos retrocessos”, afirma.
Um levantamento feito por deputados da base do governo e divulgado nesta segunda pelo portal Brasileiros indica que Dilma tem maioria no plenário. Segundo a pesquisa, 195 deputados votariam contrários ao impeachment – o que garantiria a derrota do pedido de impedimento.
Para a presidenta nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), “os defensores do golpe, que tentam a todo custo interromper o mandato da presidenta Dilma Rousseff, precisam percorrer um longo caminho para atingir os necessários dois terços do Plenário”.
Percentual insuficiente
O parecer aprovado na comissão especial do por 38 votos a favor e 27 contrários demonstra que os defensores do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff terão muitas dificuldades para aprovarem o parecer no plenário, composto por 513 deputados. Mesmo vitoriosos na comissão, os votos favoráveis equivalem a 58%, o que no plenário significa menos de 300 deputados. Para chegarem aos 342 votos no plenário o percentual é de 66.6%. Já os 27 votos contrários ao parecer equivalem a 42%, o que no plenário seriam 213 votos, quando na verdade serão necessários 172 (33,3%).
Fonte: PCdoB na Câmara
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