Recente reportagem produzida pelo jornal Folha de São Paulo deve deixar ainda mais em alerta a população brasileira sobre a gripe A. O vírus H1N1 já é responsável por metade dos casos de gripe registrados no país, afirmou o diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. Do total comprovado para influenza em análises laboratoriais, 50% apresentam a infecção por essa variação do vírus, responsável por uma pandemia em 2009.
De acordo com a reportagem, ainda com base em dados do MS, o subtipo influenza A já provocou, apenas nos primeiros três meses deste ano, 71 mortes – quase o dobro do que foi registrado no ano de 2015 (36). Os casos também subiram de forma expressiva. Até agora, foram 444 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – o triplo de todo 2015. Os levantamentos foram publicados no dia 04 de abril.
Os sintomas e a transmissão da gripe H1N1 são bem parecidos com os da gripe comum, diferenciando-se, contudo, pelas graves complicações que podem surgir. O infectologista Franco Nero Tristão alerta para a necessidade de se tomar os devidos cuidados e dá algumas dicas para impedir o alastramento da doença.
A prevenção de gripe H1N1 segue as mesmas diretrizes da prevenção de qualquer tipo de gripe, só que o cuidado deve ser redobrado:
Evite manter contato muito próximo com uma pessoa que esteja infectada;
Lave sempre as mãos com água e sabão e evite levar as mãos ao rosto e, principalmente, à boca;
Leve sempre um frasco com álcool-gel para garantir que as mãos sempre estejam esterilizadas;
Mantenha hábitos saudáveis. Alimente-se bem e coma bastante verduras e frutas. Beba bastante água;
Não compartilhe utensílios de uso pessoal, como toalhas, copos, talheres e travesseiros;
Se achar necessário, utilize uma máscara para proteger-se de gotículas infectadas que possam estar no ar;
Evite frequentar locais fechados ou com muitas pessoas;
Verifique com um médico se há necessidade de tomar a vacina que já está disponível contra a gripe H1N1.
Como na rede pública de saúde a campanha nacional de vacinação contra o vírus H1N1 só começa, todos os anos, no final de abril e início de maio, e tendo acabado os estoques da vacina nas clínicas particulares, a população deve ficar ainda mais atenta às recomendações médicas.
Vale ressaltar que a rede pública somente imuniza os chamados grupos de riscos, crianças entre 6 meses e 5 anos, idosos acima de 60 anos, gestantes e portadores de doenças crônicas. Na rede privada a procura pelo produto aumentou exponencialmente desde o início de 2016, o que tem feito que muitos estabelecimentos não consigam atender à demanda.
Como mostra a foto, filas de dobrar esquina foram formadas na porta de alguns consultórios em Catalão. Muitos não conseguiram ser imunizados e aguardam a chegada de outros lotes da vacina.
Por: Gustavo Vieira
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