A sessão da Câmara de Vereadores ocorrida ontem foi quente. O mais importante projeto discutido foi o do vereador João Antônio (PSDB), que objetiva dar competência aos farmacêuticos dispensar alguns antimicrobianos (antibióticos) sem receita médica. Aprovada pela Câmara em primeira instância, a proposta voltou a Casa após o veto do prefeito tucano Jardel Sebba. A votação do PL foi prorrogado para a próxima sessão (19) por escolha dos próprios edis.
O que tem chamado muita atenção em torno do assunto é o péssimo exemplo da classe farmacêutica e médica, que frequentemente tem comparecido às sessões em que o projeto é apreciado. O cidadão comum, que simplesmente acompanha os encontros no legislativo, pôde testemunhar integrantes das duas categorias pressionando de maneira hostil vereadores que não compactuam com seus interesses, sejam eles quais forem.
Mas a falta de gentileza, respeito e companheirismo também tem sido ferramenta muito utilizada pelos próprios edis. A vereadora Regina Félix (PSDB) mostrou durante essa mesma sessão como usar desses mecanismos de ataque, quando na falta de compostura, ética e parlamentar; atacou seu colega Jurandir Antônio da Silva (PMDB), quando o mesmo a acusou de estar em cima do muro, de fazer politicagem pela abstenção de seu voto e de covarde por essa e outras questões.
Diante disso, Regina desceu do “salto” e retrucou: “se você não é homem o suficiente, eu sou muito mulher nas minhas atitudes. Abster o voto é direito do vereador e covarde é você que me chama. Você não tem coragem e não sabe respeitar a posição de uma mulher; certamente não tem respeito pela sua. (…) você fala muita bobagem, é ignorante, não sabe o que tá falando, não entende nada de saúde e quem tá fazendo politicagem é você. (…) você entrou aqui agora, não sabe nada de política, não sabe respeitar uma mulher e não sabe o que é um veto. Veto não é ficar em cima do muro seu idiota (…)”.
Vaiada, a vereadora disse não sentir-se intimidada com isso e que continua a sustentar seu voto. “Eu sou contra, contra, contra o projeto”, reforçou. Os ânimos na sessão foram rapidamente controlados com a intervenção do presidente da Câmara, Deusmar Barbosa (PMDB), que colocou em votação (dispensa de parecer) que o projeto fosse apreciado no encontro seguinte, como assim aconteceu.
Em resposta, a assessoria de Jurandir afirmou que o vereador está chateado, que lamenta as palavras de Regina Félix e que irá buscar legalmente a reparação do ocorrido.
Por: Gustavo Vieira
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