O coordenador executivo da Abraço Nacional (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária) Valdeci Borges, em entrevista exclusiva para a Rádio Esplanada FM, convocou as Rádios Comunitárias do Brasil a dizerem “NÃO” ao golpe que o monopólio das comunicações está tentando fazer com o país, diante dos últimos acontecimentos políticos. O dirigente afirma que posição da Abraço e de qualquer cidadão ou militante que defenda a democratização dos meios de comunicação deve ser:
CONTRA O GOLPE.
De acordo com Valdeci Borges, o monopólio das comunicações, tão combatido pelas mídias populares e alternativas, está articulando um golpe contra a democracia no Brasil. Diante deste fato, o comunicador pede aos radialistas comunitários para se posicionarem contra o golpe encabeçado pela grande mídia no Brasil. “A alerta para os radialistas comunitários é: que não se deixem enganar pelo que mídia golpista divulga em seus veículos de comunicação diariamente. Utilizem a emissora comunitária não para golpe, mas para veicular a informação. E que se dê amplo espaço aos setores da sociedade que são contra o golpe e que defendem a democracia”, falou Borges.
Uma das principais recomendações da Abraço Nacional para as emissoras neste momento, é que mais do que nunca, se aplique na prática o conceito de “Radiodifusão Comunitária” e seu princípio básico. Segundo Valdeci, a Rádio Comunitária nasceu para democratizar a comunicação, pois a partir disso as pessoas formarão as suas próprias opiniões. “Se fizermos uma programação plural e democrática, as pessoas que nos ouve irão definir sozinhas suas opiniões. Recebendo uma informação correta, os ouvintes tem condições de se posicionar. Ou seja, receber informações dos dois lados de uma notícia e não apenas do lado que a mídia quer que você se posicione”, lembra o coordenador.
Ressaltando que os veículos não são donos da verdade, Valdeci acrescenta que informar mal é pior do que não informar. “Não precisamos repercutir o que o PIG (Partido da Imprensa Golpista) diz. A Rádio Comunitária existe para fazer o contrário, ou seja, trazer de fato: informação para democratizar os meios”, finaliza.
Bruno Caetano
Da Redação
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