Em qualquer democracia do mundo, o ônus da prova cabe a quem acusa. Mas a mídia golpista aboliu há muito tempo o princípio constitucional de que todos somos inocentes até que se prove em contrário. A revista Veja, na campanha de insuflar a convulsão social, publicou matéria para dizer que conseguiu mais um documento sigiloso por meio da central de vazamentos da Lava Jato: uma minuta de compra e venda, que não tem sequer uma assinatura, do sítio em Atibaia.
Por Dayane Santos
A matéria começa afirmando que se trata de um documento que “apesar de ser uma minuta, sem a assinatura das partes envolvidas” é “mais um forte indício de que Lula é, de fato, o verdadeiro dono do Sítio Santa Bárbara”. Ora, se a minuta era de compra e venda e supostamente ele queria comprar, então como pode ser dele?
Em nota, o Instituto Lula afirmou: “O documento permite concluir que o ex-presidente Lula cogitou comprar o Sítio Santa Bárbara, de Atibaia (SP), dos seus reais proprietários, Fernando Bittar e Jonas Suassuna. O ex-presidente cogitou comprar justamente porque não é o dono do sítio”.
O dito papel, que supostamente foi encontrado na busca e apreensão da Polícia Federal no dia 4 de março, durante a 24ª fase da Operação Lava Jato, diz que Fernando Bittar são os donos do sítio de Atibaia e iriam transferir a propriedade para Lula e sua mulher. O texto é datado de julho de 2012 e a venda seria, segundo o texto da Veja, de R$ 800 mil, parcelada em quatro vezes.
A tese da Veja, de não apresentar provas, mas acusar, segue o método ditatoriais em que qualquer um pode ser acusado a qualquer momento de qualquer coisa, mesmo sem apresentar prova. E pior, exigir que o acusado prove o contrário. Alías, esse é o método da Lava Jato.
Portal Vermelho
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